A Prefeitura de Anápolis, através da Secretaria de Saúde, celebrou acordo com hospitais particulares da cidade, nos mesmos moldes que já havia sido feito com a Santa Casa de Misericórdia, para acabar com a fila de pessoas à espera de cirurgias eletivas (quando não há risco de morte pelos pacientes). Atualmente, em torno de 500 pessoas aguardam atendimento.
A assinatura do protocolo de intenções aconteceu na terça-feira,23, no auditório da secretaria, com a presença do prefeito Antônio Gomide e do secretário Wilmar Martins, representantes dos hospitais e várias outras autoridades do município.Também estiveram presentes o presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), Salomão Rodrigues Filho, o presidente da Associação dos Hospitais Particulares do Estado de Goiás (Aheg), Adelvânio Morato, a diretoria da Clínica Hospitalar Santo Antônio, o diretor administrativo do Hospital Evangélico de Goiás (HEG), o diretor do Hospital Nossa Senhora Aparecida, Max Lânio Gonzaga Jaime e o diretor do Hospital São Zacarias, Roberto Zacarias.
Dentro do planejamento inicial do Fila Zero, a Prefeitura de Anápolis vai disponibilizar o recurso e as instituições parceiras entram com a estrutura física e humana para a realização das cirurgias. O programa irá permitir intervenções do aparelho digestivo, ginecológicas, vasculares, urológicas, ortopédicas e neurológicas entre outras.
Para o secretário municipal de Saúde, Wilmar Martins, podem se beneficiar do programa pessoas residentes na cidade que tenham passado por avaliação médica prévia, com indicação de tratamento cirúrgico. A idéia, todavia, é zerar em um prazo aproximado de quatro meses a demanda atual e, assim, abrir espaço para que mais anapolinos sejam contemplados.
O presidente da Cremego, Salomão Rodrigues, disse que a iniciativa da prefeitura disponibilizar o recurso e as instituições parceiras entrarem com a estrutura física e humana para a realização das cirurgias é elogiável. Ele ainda destacou a importância de manter políticas de saúde como esta para que as filas das cirurgias eletivas não voltem a crescer.
Adelvânio Morato destacou o pioneirismo de Anápolis ao implantar o Cirurgia: Fila Zero e diz que pretende levar este trabalho para outras cidades do Estado. “Em todas as cidades a situação das filas de espera é caótica. Este programa deve ser implantado em outros municípios para evitar que pacientes migrem para Anápolis”, orienta o presidente da Aheg.
O diretor do Hospital Nossa Senhora Aparecida, Max Lânio Gonzaga Jaime, lembrou de inúmeras instituições hospitalares que tiveram que fechar as suas portas porque não encontraram parcerias como esta, da administração municipal, entre eles, Santa Paula e Dom Bosco. “Este momento é especial para a história da área médica de Anápolis porque vivemos uma situação difícil. E eu sei como é o dia a dia das pessoas que agonizam na fila”, afirma.
O chefe do executivo municipal informou que o principal objetivo do programa é zerar as filas das cirurgias eletivas ainda este ano e, caso necessário, aplicar esta ação de acordo com a demanda. Antônio Gomide afirma que foi repassado aos parceiros que assinaram o acordo, o valor de R$ 1, 8 milhão, entre filantrópicos e particulares, fora a verba mensal que já é destinada a estas instituições. “É uma forma de pensarmos juntos com estes parceiros a respeito dos problemas da cidade. O município sempre teve recursos para aplicar na Saúde, mas era necessário ter planejamento”, garante.
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