A maior parte das importações de Anápolis é destinada às indústrias locais, que produzem bens de consumo e de capital para o mercado interno e externo. Entre os principais produtos importados estão substâncias bioativas, máquinas e equipamentos, peças automotivas e produtos químicos.
Um dos setores que mais se beneficia das importações é o farmacêutico, que representa cerca de 40% do valor total. Anápolis é um dos maiores polos farmacêuticos do país, com cerca de 30 empresas instaladas no Distrito Agroindustrial de Anápolis (DAIA).
Essas empresas produzem medicamentos, suplementos alimentares, cosméticos e produtos veterinários, usando insumos importados principalmente da China, Alemanha e Índia.
O empresário Amaury Esberard, dono de uma dessas indústrias e que preside o Conselho Empresarial para o Daia (Consedaia), explica que o processo de produção é rigoroso e depende de fornecedores estrangeiros.
“A gelatina, que é a matéria principal na minha empresa, é fornecida por quatro ou cinco produtores brasileiros. E um deles aqui de Goiás, que facilita a nossa logística. Mas o restante é tudo, praticamente, importado. Até para suplementos alimentares dependemos da China”, diz.
Esberard afirma que sua empresa colabora para o bom posicionamento de Anápolis na classificação de importações.
“Só nós, produzimos cerca de 150 milhões de cápsulas gelatinosas moles por ano”,
revela Amaury.
Exportações
Anápolis também se destaca nas exportações, com um crescimento de 2,5%. A cidade exporta produtos para países como Estados Unidos, Canadá, Argentina e Chile, incluindo automóveis, peças automotivas, produtos farmacêuticos e tecnologia.
Um dos produtos mais exportados é o resíduo da extração de óleo de soja, usado como ração animal.
Anápolis é o maior produtor nacional desse produto, com uma capacidade de 600 mil toneladas por ano. O principal mercado de destino é a Itália, que compra cerca de 70% do volume exportado.
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Outro destaque vai para o ouro, que ficou em segundo lugar, com um valor de US$ 15,5 milhões, representando 45% de participação nos números.
A exportação gera renda, emprego e promove a imagem da cidade e do estado no mercado global. Segundo Amaury, Anápolis tem uma vocação exportadora e busca ampliar sua participação no comércio exterior.
“Nós temos uma estrutura logística privilegiada, com rodovias, ferrovias, Porto seco e aeroporto. Nós também temos um parque industrial diversificado e competitivo, que produz bens de qualidade e com valor agregado. Nós queremos atrair mais empresas e investimentos para a nossa cidade, para gerar mais oportunidades e desenvolvimento”, afirma.
Perspectivas
Na visão do empresário, apesar dos desafios econômicos e comerciais, Anápolis oferece oportunidades de investimento e crescimento econômico.
A cidade tem projetos de expansão do DAIA, de implantação de um centro de inovação tecnológica. Essas iniciativas devem aumentar a capacidade produtiva e logística da cidade, bem como estimular a importação e exportação de produtos de alto valor tecnológico.
“A expectativa é de que Anápolis mantenha sua liderança nas importações fora do Sudeste e avance nas exportações, consolidando-se como um importante centro de comércio exterior no Brasil”, prevê Amaury.
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