A palavra de ordem na economia nacional é o agronegócio. Não é sem motivo que o Prefeito de Anápolis, Roberto Naves (PP) anunciou, recentemente, a disposição em fazer da Cidade um grande centro expositor e mercantil de produto da pecuária e da agricultura regionais, com destaque para a produção de proteínas animais (leite, carne e derivados) e, da agricultura em si, como é o caso da soja, do sorgo, do milho, dos hortifrutis e outros produtos extraídos da terra, literalmente. Isto, através de uma grande feira com a exposição dos produtos, de equipamentos para a agropecuária, de máquinas e de parceiros financiadores da produção. A situação logístico/geográfica, perto de duas grandes capitais – Goiânia e Brasília – e integrante do que vai ser o segundo maior corredor econômico do Brasil (Brasília; Alexânia; Abadiânia; Anápolis; Terezópolis de Goiás, Goiânia e Aparecida de Goiânia) permite ao Município ser o destaque deste importante segmento econômico. Um projeto que, inclusive, casa com outra importante vertente da economia anapolina, qual seja, a industrialização, inclusive alimentícia.
É sabido de todos que o Brasil, hoje, é o principal país candidato a se tornar o celeiro do mundo. Condições para isto, claro que tem. E, de sobra. Basta comparar nosso clima, a qualidade de nosso solo, a quantidade de água e o equilíbrio climático com outros países, para se chegar à conclusão de que podemos produzir muito e, o tempo todo. Não enfrentaríamos, a princípio, qualquer impedimento. O que poderia pegar (e que pode ser corrigido a tempo) é a questão logística, ou seja, o trajeto entre a fazenda, a chácara o sítio, com o mercado consumidor. Interno, ou, externo. O restante já temos.
Anápolis será uma das sedes dos Encontros Regionais do TJGO
Os números nacionais são altamente animadores a partir de dados obtidos junto às instituições ligadas ao setor. Temos aqui dentro e, lá fora, milhões e milhões de seres humanos (e de animais) à espera de comida, principalmente depois do terrível episódio da pandemia da covid-19 e outros desacertos econômicos mais recentes. Nossos produtos são de boa qualidade e temos tudo para deslancharmos na produção de alimentos. O Centro Oeste, que inclui a região influenciada por Anápolis, é excelente produtor de leite e derivados, cana (açúcar e etanol) soja, milho e frutas. Mas, também, produz carne bovina e de frango, sorgo e outros produtos de grande aceitação nos mercados nacional e internacional.
Para a agricultura, a boa notícia é que o Governo Federal iniciou a elaboração de uma política para ampliar a produção nacional de fertilizantes agrícolas e, com isso, reduzir a dependência da importação do produto. Atualmente, o País importa mais de 80% dos fertilizantes utilizados no agronegócio. E, para a pecuária, foi anunciada, recentemente, a reabertura de importantes mercados consumidores da carne brasileira, como os Estados Unidos e alguns países do Oriente Médio, como o Kuwait, que haviam interrompido as aquisições por conta de eventual incidência de febre aftosa no rebanho de alguns estados brasileiros, o que, já foi descartado. A hora é agora.