Para quem acompanhou, ao longo de décadas, as revistas em quadrinhos sobre as aventuras de Asterix e Obelix, personagens que tinham entre suas predileções a caça ao javali, resta informar que este mamífero de origem europeia é mais predador da natureza do que se imagina. Da mesma família do queixada (porco do mato, caititu, cateto, caetetu) nativa das Américas, o Javali, todavia, foi introduzido na zona rural brasileira e se alastrou sem controle.
Hoje, é uma praga que atormenta os produtores rurais. Tanto é assim que a Comissão de Constituição, Justiça e Redação da Assembleia Legislativa de Goiás aprovou o projeto de lei que versa sobre a regulamentação do controle do javali asselvajado. O objetivo é o controle populacional em Goiás, por meio da captura e do abate, por se tratar de uma atividade ambiental e sanitária, de caráter voluntário. A matéria é de autoria do deputado Chico KGL (DEM).
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Conforme o texto, fica autorizada a utilização de cães no controle do javali asselvajado, sem distinção de raça específica, observadas as leis vigentes que visam assegurar o bem-estar animal, e evitar excessos e maus tratos.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) autorizou seu controle. “O animal exótico e nocivo destrói nascentes e cursos d’água, contamina o solo, é predador das espécies nativas e de animais de rebanho doméstico, além de ser agente transmissor de 42 doenças, algumas de grande impacto econômico, como a febre aftosa e peste suína”, reitera. O parlamentar ressalta, ainda, não haver predadores naturais para o javali, e a caça é a única forma de controle. “Estudos estimam um prejuízo de cerca de R$ 50 bilhões em caso de surto de aftosa e peste suína, transmitidas pelo javali no Brasil”, reitera.