Faltando poucos dias para o início das convenções partidárias, a movimentação nos bastidores aumenta e eleva a temperatura no caldeirão político de Anápolis. Um dos movimentos foi o lançamento da pré-candidatura de Eerizânia Freitas (UB), com Caiado e Roberto. Expectativa, agora, para a movimentação da pré-candidatura do petista Antônio Gomide.
Em alta
O vice-prefeito Márcio Cândido (PSD), que chegou a ter o seu nome cotado como pré-candidato à Prefeitura de Anápolis, ganhou destaque em pelo menos três momentos da fala do governador Ronaldo Caiado (UB), no lançamento da pré-candidatura de Eerizânia Freitas.
No encontro com os pastores e no ato público, Caiado fez questão de publicamente externar o agradecimento a Márcio Cândido, pelo gesto político dele.
Mas não apenas isso, também pelo apoio ao seu governo.
Obviamente, ficou implícito, também, o poder de articulação de Márcio, fundamental nesse encontro com as lideranças evangélicas da cidade. Na gestão de Roberto Naves (Republicanos), Márcio Cândido foi o que se pode dizer um “vice ideal”, pela lealdade ao longo de dois mandatos e por ter cumprido todas as missões que lhe foram colocadas, além das funções próprias do cargo.
Encontros
Neste período que antecede a realização das convenções partidárias, muitas conversas estão acontecendo nos bastidores da política anapolina.
O que, aliás, é normal dentro do processo político-eleitoral. Esta semana, a conversa que rendeu muita especulação foi a ocorrida entre o deputado estadual Antônio Gomide (PT), virtual candidato à Prefeitura de Anápolis, com o pastor Bertiê Adais Magalhães, da Assembleia de Deus Ministério Madureira.
Nenhum dos dois falou sobre o teor da conversa. Mas, comentou-se que nesse encontro, o petista- que é católico- teria oferecido a vice na futura chapa para Raquel Antonelli, filha de Bertiê e líder do Podemos.
Se houve de fato esse convite e se houve aceite, ou não, isso ainda não se sabe. Raquel Antonelli já disse anteriormente que está caminhando com o projeto da pré-candidata Eerizânia Freitas (UB).
Expectativa
Depois do lançamento das pré-candidaturas de Márcio Corrêa (PL) e Eerizânia Freitas (UB), agora a expectativa fica por conta do lançamento da pré-candidatura do ex-prefeito e deputado estadual Antônio Gomide (PT). O petista disputará o comando do Executivo Municipal pela terceira vez.
Em 2008 ele candidatou-se e foi eleito pela primeira vez, numa disputa acirrada. Em 2012, foi reeleito ainda no primeiro turno, com uma das maiores votações de prefeito proporcional no país e, em 2020, ele voltou novamente a ser candidato, mas foi derrotado pelo atual prefeito Roberto Naves.
Gomide exerceu o cargo de vereador por três vezes e está no segundo mandato de deputado estadual.
Portanto, é um nome muito experimentado nas urnas e obviamente que isso pesa muito num processo eleitoral. Daí a expectativa sobre os desdobramentos de seu projeto político para 2024.
Democracia Cristã
O DC está novamente sob a liderança de Jorge Bezerra, depois de um imbróglio interno dentro do partido.
A questão foi judicializada e, agora, ele obteve uma vitória e volta ao comando do Democracia Cristã. Bezerra tem agora a missão de reoxigenar a legenda e, se possível, ainda, montar uma chapa de candidatos à vereador (a).
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Outra estratégia seria emplacar um nome do partido para compor com alguma chapa majoritária.
Bezerra já afirmou que apoia a pré-candidatura de Eerizânia Freitas (UB). O DC tem nas mangas o nome do médico Samuel Gemus para oferecer como vice, caso haja uma composição.
Tá chegando
No dia 20 próximo, será dada a largada para o período das convenções partidárias.
Até 5 de agosto, os partidos terão de homologar os candidatos que vão concorrer no pleito desse ano, nos cargos de prefeito (a) e vice e vereador (a). Além disso, é também nas convenções que se define quem vai caminhar com quem, ou seja, as alianças partidárias.
Vale lembrar que as alianças, conforme a regras da Justiça Eleitoral, só poderão ocorrer no pleito majoritário. A tendência é que a maioria dos partidos deixe para realizar a convenção em data mais próxima do fim do prazo.
Mas, aqueles que realizarem mais cedo, saem na frente para buscar os registros e estar com tudo pronto para o início da campanha. Tudo, agora, é estratégia.
Dificuldade
Nesse momento, a dificuldade maior das candidaturas majoritárias já colocadas em Anápolis, é a escolha do nome de vice para compor na chapa.
Por uma tradição, tem-se buscado um equilíbrio na chapa entre a representação de evangélicos e católicos. Mas isso não é uma regra.
Na verdade, é um foco que se busca em face à religiosidade da população. O que, entretanto, não quer dizer que a chapa que não conseguir costurar uma aliança nesses moldes estará fadada ao insucesso nas urnas.
O eleitor é maduro e sabe muito bem diferenciar as coisas. O que é fundamental é chegar ao eleitor com uma proposta bem construída para a cidade.
- Vereadores no lançamento da pré-candidatura de Eerizânia: Domingos Paula (PDT), Jakson Charles (PSB), Cleide Hilário (Republicanos), Wederson Lopes (UB), Reamilton Spíndola (Podemos), Thaís Souza (Republicanos), Luzimar Silva (PP) e Alex Martins (PP).
- Uma curiosidade: as eleições municipais 2024 ocorrerão em todo o país, excluindo-se o Distrito Federal e o arquipélago de Fernando de Noronha, no Estado de Pernambuco.
- O 1º turno do pleito desse ano está marcado para o dia 6 de outubro; já o 2º turno será no dia 27 de outubro, caso necessário, em municípios com mais de 200 mil eleitoras e eleitores. O que pode ser o caso de Anápolis.
- Muito entrosada no meio da comunicação em Anápolis, Dallila Mariane assumiu o comando da secretaria municipal de Integração. É uma supersecretaria, que sob seu guarda-chuva as áreas social, esporte, cultura, trabalho, emprego e renda.
- Muitos servidores, efetivos e comissionados, se desincompatibilizaram do cargo para disputar o pleito desse ano. No caso dos comissionados, os servidores e servidoras são exonerados. Se não obtiverem êxito, poderão ou não, a critério do chefe do Executivo, voltar aos cargos que ocupavam.
- No caso dos servidores efetivos, eles são afastados. Eles voltam aos seus cargos se não forem homologados nas convenções ou se não lograrem êxito nas urnas.
- Pré-candidato do PSDB à Prefeitura de Anápolis, o advogado Hélio Lopes adotou o nome Hélio da Apae, para ter mais visibilidade no eleitorado.
