O prazo para o registro de candidaturas aos cargos da Mesa Diretora da Câmara termina no domingo, 3, às 22 horas. Até o fechamento da edição, nenhuma candidatura à Presidência da Casa havia sido formalizada, mas quatro deputados demonstraram a intenção de disputá-la: Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN); Júlio Delgado (PSB-MG), Rose de Freitas (PMDB-ES) e Chico Alencar(PSOL/RJ).. O deputado Ronaldo Fonseca (PR-DF) havia anunciado sua intenção de disputar o cargo, mas desistiu da candidatura e decidiu apoiar Henrique Eduardo Alves.
Por tradição, a Câmara tem permitido que qualquer deputado seja candidato avulso à Presidência, sem a indicação de seu partido. Para os outros cargos da Mesa, no entanto, há uma regra restritiva, que é integrar a legenda ou bloco partidário com direito à vaga.
A divisão de cargos é determinada a partir dos tamanhos das bancadas (princípio da proporcionalidade partidária) e de acordos entre as legendas.
Mudança
Desde a eleição de Severino Cavalcanti (PP-PE) para a Presidência da Câmara, em 2005, os partidos mudaram sua estratégia. O partido que tinha a maior bancada e o direito regimental à vaga na época era o PT, que teve dois candidatos: Luiz Eduardo Greenhalgh (SP) e Virgílio Guimarães (MG), que disputou de forma avulsa, sem o apoio formal da bancada.
Com a divisão de votos do PT, Severino conseguiu ser eleito, mas renunciou em setembro daquele ano para evitar um processo de cassação. Desde então, nas eleições posteriores para a Mesa o cargo da Presidência foi a última escolha dos partidos, pois qualquer candidato pode vencer a disputa. As legendas, portanto, preferem garantir os outros 10 cargos e disputar no voto, depois de negociações e acordos, a Presidência da Casa.