A lei da semeadura afirma que colhemos o que plantamos, afinal, aquilo que o homem semear, isso também ceifará. “O que semeia para o seu próprio egoísmo, colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito, do Espírito colherá vida eterna.” Muitos querem colheita, mas não fazem semeadura!
Entretanto, achei curiosa a informação de que, de acordo com registros históricos, uma tamareira levava de 80 a 100 anos para frutificar e daí veio o provérbio: “Quem planta tâmaras, não colhe tâmaras.” Com o avanço das pesquisas modernas, atualmente é possível colher os primeiros frutos de uma tamareira até dez anos após o plantio.
Pessoas que na antiguidade plantavam uma tamareira geralmente não colhiam seu fruto. Então, porque alguém pensaria em um projeto assim?
Conta-se que certa vez um senhor de idade avançada plantava tâmaras no deserto quando um jovem o abordou perguntando: “Por que o senhor perde tempo plantando o que não vai colher?”. O senhor virou a cabeça e, calmamente, respondeu: “Se todos pensassem como você, ninguém colheria tâmaras.” Ou seja, não importa se você vai colher, o que importa é o que você vai deixar… construa e plante ações que possam servir para o bem do futuro.
Um provérbio chinês afirma que “o melhor momento para plantar uma árvore foi há 20 anos atrás e o segundo melhor momento é agora.” Das plantas frutíferas de clima tropical, a jabuticabeira não modificada geneticamente provavelmente seja uma das que mais demora para produzir, podendo levar até 15 anos para dar os primeiros frutos.
Isso pode parecer frustrante, porque todo semeador deseja colheita abundante e espera receber os dividendos do fruto de seu trabalho, mas aquele que semeia para outros é ainda mais sábio! Ele é capaz de olhar para além de si mesmo.
No livro de Eclesiastes temos uma afirmação estranha: “Lança o teu pão sobre as águas, que depois de muitos dias o acharás.” Não parece uma recomendação esdrúxula, jogar o pão sobre as águas? A explicação mais plausível tem a ver com a forma de plantio nos terrenos férteis e alagados do Rio Nilo, quando as pessoas jogavam a semente nos charcos e assim que a enchente passava, os grãos de trigo começavam a brotar abundantemente.
A verdade é que precisamos lançar sementes de vida, de saúde, de paz para que estas coisas retornem para nossas vidas ou para as próximas gerações. Se é correto esperar o resultado do plantio, também é certo semear para os filhos e netos. Tais sementes não serão recolhidas por nós, mas certamente abençoaremos muitas vidas ao semear pensando em outras pessoas.
Excelente explanação, grandes ensinamentos
Posso usar em um sermão evangélico!?