Nos últimos dois anos foram roubados 18 transformadores em diferentes pontos do Município. Até hoje, do que se sabe, nenhum deles foi recuperado. Além do prejuízo material resultante da perda dos equipamentos, existe o problema causado junto às comunidades, já que, centenas de famílias ficam privadas do abastecimento de água, um bem considerado essencial para a vida humana. Em que pese os esforços da Polícia, as investigações em pouco avançam, nesse tipo de crime considerado atípico. “Não é qualquer pessoa que consegue desinstalar, desmontar e transportar um transformador desses”, alega um funcionário da Saneago. Para ele, quem desenvolve esta tarefa tem um mínimo de conhecimento de mecânica e, principalmente, de eletrotécnica, pois está lidando com equipamentos e linhas de alta voltagem.
Outra coisa que intriga, a todos, é a destinação dos transformadores. São equipamentos de alto valor, mas que têm mercado restrito. Quem rouba, na avaliação dos agentes policiais, sabe o que está fazendo e, certamente, sabe para quem irá vender. Mesmo assim, pelo menos por enquanto, as providências no sentido de localizar autores e o produto dos roubos não deram resultados positivos.
Os roubos
O último caso de roubo de transformador aconteceu no povoado de Miranápolis, entre Anápolis e o distrito de Souzânia. Lá, o fornecimento ficou interrompido por mais de duas semanas. Há casos em que os roubos aconteceram repetidas vezes, como já ocorreu no Distrito de Joanápolis e no Jardim Guanabara, região da Grande Jaiara. Em Joanápolis a audácia dos ladrões foi tanta que roubaram dois transformadores: o que controla a energia da parte habitada, assim como, o que garante o funcionamento das máquinas do poço artesiano responsável pelo abastecimento da população local.
De acordo com a Gerente da Saneago em Anápolis, engenheira Tânia Pereira Valeriano, as providências para, pelo menos, dificultar os roubos, vêm sendo tomadas. No Jardim Guanabara, por exemplo, foi instalada uma cerca especial, com muro alto e arame farpado. Além disso, a Polícia Militar intensificou as patrulhas nos setores mais problemáticos. Sobre a necessidade de se criar um sistema de vigilância com guardas em tempo integral, ou monitoração através de câmeras de vídeo, ela afirma que é uma decisão que deve passar pela direção da Saneago em nível de Estado. A gerência em Anápolis não tem autonomia para proceder tal investimento. De acordo com Tânia Valeriano, trabalha-se com a expectativa de que as autoridades responsáveis pela segurança pública resolvam a situação. Ainda, conforme a Gerente, a resolução em definitivo somente acontecerá quando os locais hoje servidos com água dos poços artesianos receberem as redes definitivas do sistema, o que, em alguns casos, vai demorar muito, devido às grandes distâncias entre as povoações e as canalizações convencionais. Mas, o caso dos roubos de transformadores e, até, de cabos elétricos, não prejudica somente a Saneago. As comunidades que sofrem com a falta de água, reclamam com insistência de tal situação, uma vez que ficam privadas de água até para as tarefas domésticas mais simples e inadiáveis. Quando ocorrem os roubos, as populações recorrem a vizinhos que possuem cisternas. Mas, na maioria das vezes, a Saneago é obrigada a enviar água através de caminhões-pipa, operação onerosa, demorada e contraproducente.
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