Procurado há 20 dias, o Governo de Goiás anunciou, na manhã desta segunda-feira, 28/6, juntamente com as forças-policiais, o fim das buscas por Lázaro Barbosa. O criminoso, responsável por uma série de crimes, foi morto após uma troca de tiros com agentes. No entanto, de acordo com o próprio chefe do Executivo estadual, as investigações ainda não chegaram ao fim.
Confronto
Fotos do corpo de Lázaro indicam que ele foi atingido por mais de dez tiros da cintura para cima, incluindo a cabeça. O Portal CONTEXTO não divulgará as fotos, mas a autenticidade foi confirmada por fontes policiais.
Após ser baleado, ele foi encaminhado para o Hospital Municipal Bom Jesus, mas não resistiu. Por volta de 12h30 uma viatura do Instituto Médico Legal (IML) chegou aos fundos da unidade de saúde para pegar o corpo, que está sendo encaminho para a capital goiana, onde todos procedimentos serão realizados.
Apesar da troca de tiros, nenhum policial ficou ferido.
Próximos passos

Em coletiva de imprensa, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) confirmou que a troca de tiros ocorreu a cerca de 4 km da casa da ex-sogra do homem, já na mata, por volta das 6h, próximo a um córrego. Com Lázaro, uma pistola 380, comida e uma quantia de R$ 4.400 foi encontrada.
“Isso só nos prova que ele estava, o tempo todo, recebendo ajuda. Quem deu essa dinheiro para ele? Onde ele estava trocando de roupa? Como ele conseguia tantas munições? Essas perguntas e outras inúmeras ainda precisam de repostas e iremos atrás delas. Existe a grande possibilidade de uma rede criminosa ter usado Lázaro para chegar em seus objetivos. No entanto, a confirmação dessa suspeita só poderá ser dada após concluirmos essa nova etapa das investigações”, afirmou o secretário de Segurança Pública, Rodney Miranda.
Mais cedo, durante uma entrevista a TV Anhanguera, o governador Ronaldo Caiado também comentou sobre os possíveis ajudantes de Lázaro. “Houve uma proteção de algumas pessoas, não só no setor rural, mas na cidade de Cocalzinho, que deram guarida para ele ter um local onde dormir, se alimentar”.
“Ele era informado do deslocamento da polícia. Não era uma pessoa, como se pensava, que estivesse sozinho, sem proteção nenhuma na mata. Está bem claro para nós, estão
avançando as investigações para saber a quem interessava manter esse contato e por que ficaram escondendo o Lázaro e facilitando a fuga”, salienta.
Ajudantes

Até o momento, quatro pessoas estão sendo investigadas por darem cobertura ao criminoso. Na semana passada, o fazendeiro Elmi Caetano Evangelista, ex-patrão da mãe do assassino, e o caseiro Alain Reis de Santana foram presos por ajudar Lázaro a se esconder.
Na delegacia, Elmi negou as acusações, mas o caseiro confirmou tudo. De acordo com o funcionário da fazenda, Lázaro dormiu no local por mais de cinco noites.
Já as outras duas são a ex-mulher e a ex-sogra de Lázaro Barbosa que foram levadas para a delegacia de Águas Lindas de Goiás na manhã desta segunda-feira (28). As duas, segundo a SSP, devem ser ouvidas, novamente, ao longo do dia, pela Polícia Civil.
Mais de 270 agentes mobilizados

As buscas por Lázaro começaram no dia 9 de junho, após o crime em Ceilândia (DF). Ele fugiu se escondendo na mata e passou por várias fazendas na cidade de Cocalzinho de
Goiás. Durante as buscas, o fugitivo trocou tiros com policiais, fez três pessoas reféns e baleou outras quatro, entre elas, um policial militar.
Segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública) o trabalho de buscas mobilizou mais de 270 agentes das forças envolvidas. Entre elas, as Polícias Civil e Militar de Goiás e do
Distrito Federal, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Diretoria Penitenciária de Operações Especiais (DF) e Corpo de Bombeiros Militar. Nesse período, a força-tarefa
recebeu cerca de 5,3 mil informações no disk-denúncia sobre o caso.

Investigações apontam que Lázaro teria cometido mais de 30 crimes, em Goiás, Bahia e Distrito Federal. A maioria dos casos é referente a crimes de latrocínio (roubo seguido de morte).
Ele já possui uma condenação por homicídio, na Bahia, e era também procurado por crimes de roubo, estupro e porte ilegal de arma de fogo.