A partir de agora, o Município conta com dados atualizados e abertos relativos ao monitoramento da vazão nos mananciais e dos centros de reservação do sistema de abastecimento de água, por meio da plataforma Sala de Situação da Saneago.
Claudius Brito
O Município de Anápolis acaba de ser integrado à base de dados do Portal de Monitoramento Hidrológico da Saneago.
Até, então, apenas Goiânia e Rio Verde estavam com as suas informações disponibilizadas na plataforma.
Os dados coletados e integrados ao sistema da Saneago são abertos para consulta da população no site da empresa, num formato de leitura que permite visualizar, por exemplo, a vazão dos sistemas hídricos, no caso, do Piancó e do Capivari que, atualmente, respondem pelo abastecimento de 95% da população, bem como a capacidade dos centros de reservação.
As informações são disponibilizadas através da Sala de Situação. O sistema, diga-se de passagem, foi desenvolvido foi desenvolvido e é cem por cento operacionalizado pela Saneago e integrado à Rede Hidrometereológica Nacional.
Os equipamentos usados para as medições são devidamente homologados e os dados coletados fazem parte do sistema da Agência Nacional de Águas (ANA).
Lançamento
O lançamento da Sala de Situação de Anápolis ocorreu na tarde desta quinta-feira, 14/10, através de uma live realizada a partir da sede da empresa, em Goiânia, com a presença de técnicos e diretores e de representação do poder concedente, no caso, o Município, representado pelo Procurador Geral, Carlos Alberto Fonseca e o presidente da Agência Reguladora do Município (ARM), Robson Torres.
A inclusão de Anápolis na plataforma de monitoramento, inclusive, foi um pedido encaminhado à Saneago pela ARM, segundo Robson Torres, para que a própria agência e a população possam acompanhar a situação do abastecimento de água em Anápolis, de uma forma mais ágil e transparente.
O procurador Carlos Alberto Fonseca assinalou que a Saneago apresentou uma resposta “rápida e eficiente” para o pedido feito pelo Município.
A Sala de Situação traz dados também sobre o abastecimento nos distritos administrativos.
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Os representantes da Saneago, Paulo Almeida e Augusto Antônio Ribeiro da Silva deram informações mais detalhadas de como todo o sistema foi desenvolvido.
Como funciona

Um detalhe, por exemplo, foi a instalação de um equipamento denominado sensor ultrassônico, que é o dispositivo que capta as informações.
Esses equipamentos são instalados em locais de difícil acesso e sem disponibilidade de energia elétrica, necessitando o uso de painéis de captação de energia fotovoltaica (solar).
Após a instalação, são coletados vários níveis de informação. Tudo isso vai parar num banco de dados remoto e o controle é feito através de uma central, chamada CPL (Controlador Lógico Programado).
Como há um volume muito grande de informações e algumas para uso estritamente técnico, as informações principais são disponibilizadas na Sala de Situação, que pode ser acessado no site da Saneago: https://www.saneago.com.br, onde se encontra o Portal de Monitoramento Hidrológico.
A leitura de vazão, por exemplo, apresenta quatro variáveis: Nível Normal, Nível Atenção, Nível Crítico e Altamente Crítico.
Além disso, o painel oferece informações sobre a condição dos centros de reservação de água.
No momento em que ocorreu o lançamento da Sala de Situação, a leitura do Ribeirão Piancó estava em “Nível de Atenção”. O mesmo para o Ribeirão Capivari. Quase todos os reservatórios estavam operando com mais de 80% da capacidade.
É interessante que ao clicar numa barra do gráfico do centro de reservação, o mapa ao lado indica a área de cobertura do mesmo.
Assim, fica fácil para quem estiver acessando a ferramenta, saber como está a situação do centro de reservação que atende ao seu bairro.