Leia também: Anticonsumo
No ano passado, cerca de 16 milhões de pessoas atentaram contra a própria vida, sendo a principal causa de morte entre sul-coreanos com idades entre 10 e 39 anos. No Brasil, são cerca de 14 mil casos por ano e
38 casos por dia. Em 2022 foram 16 mil 262 registros de suicídio aqui. Ou seja, oito suicídios por 100 mil habitantes. Os adolescentes foram os que mais morreram por esta causa em nosso País.
Na luta contra esta estatística angustiante, é fundamental orientar a população, pois os males que frequentemente levam ao suicídio podem ser amenizados com tratamentos adequados.
Por que as pessoas tiram a própria vida? Para quem sofre transtornos mentais, a ação é uma forma de resolver o que parece não ter solução – apesar de esta conclusão não ser real. No sofrimento extremo, a pessoa vive a distorção cognitiva e por isso não consegue pensar com clareza. Conversar e falar abertamente sobre o assunto é um dos maiores fatores de proteção contra o suicídio. Infelizmente, muitos têm vergonha de falar de sua dor e preferem calar-se.
A pessoa com pensamentos suicidas não deve ignorar nem minimizar o próprio sofrimento. Precisa procurar o apoio da família, amigos e a ajuda de profissionais da área da saúde.
Muitos se surpreendem quando percebem que o suicídio mata mais do que o homicídio. Em nível mundial, as taxas de suicídio são quase o dobro das taxas de homicídio: 9.39 para 5.22. O Brasil é um dos poucos países com mais homicídios que suicídios.
Fora da curva da estatística brasileira, em Anápolis (2023), foram registrados em 2023 um total de 36 homicídios, contra 40 suicídios. Esses dados são preocupantes. Será que podemos fazer alguma coisa para lutar contra esta epidemia silenciosa e com
o angustiante desafio das doenças da mente?
Se você perceber que alguém precisa de ajuda, converse, oriente como for possível. Apoio e encorajamento são passos fundamentais. Se você está enfrentando lutas nesta área, fale de seu problema. Encontre alguém ou procure um CVV, que certamente vai te ajudar. Não fique só. Você não é a única pessoa que luta contra a angustiante e invisível dor da alma. Fale ao máximo da sua dor.
Se você é religioso, sua comunidade pode ajudá-lo em sua luta com os pensamentos obsessivos. Muitos personagens bíblicos enfrentaram lutas e vários textos bíblicos falam desse assunto. Deus conhece bem a sua dor. Ele é um forte aliado na sua luta.