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Sultan Falluh ´Pai do DAIA´ na ativa aos 86 anos

de Manoel Vanderic
12 de agosto de 2016
em Geral
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VENDEDOR DE LOTERIAS E CARREGADOR DE MALA AOS NOVE ANOS

•

AOS 13 ANOS COMEÇOU A TRABALHAR NUMA LOJA EM ANÁPOLIS

•

PRESIDENTE DA CDL ANÁPOLIS E DUAS VEZES PRESIDENTE DA ACIA

•

PRESIDENTE DA GOIASINDUSTRIAL E SECRETÁRIO DE ESTADO

•

EMPRESÁRIO, FAZENDEIRO E VOGAL DA JUSTIÇA DO TRABALHO

•

CATÓLI CO PRATICANTE DESCE CRIANÇA ASSISTE À MISSA TODOS OS DIAS

Sultan Falluh, ao lado o presidente Ernesto Geisel e do governador Irapuan Costa Júnior, na inauguração do Daia, em 1976

Anápolis tomou um novo rumo na encruzilhada da história no dia 9 de novembro de 1976 . Uma data que deve ser lembrada como o marco da era industrial, quando o crescimento vertiginoso de Goiânia e Brasília estagnava a economia do Município. Sob ameaça de decadência e sem perspectivas de desenvolvimento, Anápolis vivia do passado. O futuro da cidade foi decidido naquele dia, quando o presidente Ernesto Geisel inaugurou o Distrito Agroindustrial de Anápolis.
O jornal CORREIO BRAZILIENSE denunciara que o governador nomeado Elmo Serejo Farias queria implantar um pólo industrial no Distrito Federal contra a determinação do presidente Ernesto Geisel de preservar Brasília como centro administrativo. Ao inaugurar o Daia, na tarde daquele dia, o Presidente garantiu o seu apoio ao projeto de Anápolis e ressaltou a bravura dos anapolinos – leia-se ACIA – ao protestarem contra a industrialização do DF.
Anápolis no coração e na ação

Líderes como Sultan Falluh, que completa 86 anos na próxima terça-feira, plantaram a semente da industrialização naquele período crítico em que Anápolis padecia do estigma de cidade dormitório à beira da estrada. Conhecido como ´Pai do Daia´ por sua atuação decisiva para a consolidação do Distrito Agroindustrial de Anápolis, ele está na galeria de honra dos que lutaram pela industrialização, no coração e na ação, quando o Município poderia ter tomado a contramão da história.

Missa às 4 da madrugada

Conta o historiador Júlio Alves que levado por uma rígida educação e por haver nascido numa época de difícil transição, em plena Revolução de 30, logo seguida pela II Guerra Mundial, Sultan Falluh começou a trabalhar muito cedo. Católico convicto, desde a sua infância, ´lembro-me de que, no Rio de Janeiro, me levantava às quatro da madrugada para assistir à missa´.
Com o falecimento de sua mãe, em 1934, a família decide mudar-se do Rio de Janeiro. No ano de 1939, transferem-se todos para Nova Lima, em Minas Gerais, cidade que hoje integra a Grande Belo Horizonte. Sultan Falluh, então um menino de nove anos de idade, desenvolvia múltiplas atividades para ajudar no sustento da casa: era carregador de malas no ´ponto de parada das jardineiras´ e vendedor de bilhete de loteria. Na mina de Morro Velho, de onde se extrai ouro até os dias de hoje, era cicerone dos visitantes que se arriscavam a descer nas galerias subterrâneas.
A convite de um tio paterno – José Falluh– sua família se transferiu para Anápolis, onde Sultan chegou com o pai e os irmãos desembarcando todos na estação da antiga Estrada de Ferro Goiás, na Praça Americano do Brasil, a 31 de julho de 1943. No dia seguinte, 1º de agosto, o menino, então com 13 anos de idade, já estava trabalhando na loja de José Falluh, ´A Vencedora´, que ficava na antiga Rua Antônio Carlos com a Rua do Comércio (hoje Barão do Rio Branco e Manoel d”Abadia).
No final daquele mesmo ano, seu pai instalou um empório (Casa Seis Irmãos), localizado na esquina das ruas Sócrates Diniz e General Joaquim Inácio. Sultan deixou o emprego na loja de seu tio e foi trabalhar com o pai. Cerca de três anos depois, em 1946, a Casa Seis Irmãos muda de ramo, transforma-se em loja e transferida para a Rua Barão do Rio Branco.

Classista atuante desde 1948

Júlio Alves relata que Sultan Falluh, sempre no ramo lojista, adquiriu a 26 de dezembro de 1973, a Lojas Renner, tradicional em Anápolis. Em razão das responsabilidades com a família, Sultan dispôs de pouco tempo para se dedicar aos estudos. Nesta cidade, frequentou aulas no antigo Ginásio Arquidiocesano Municipal de Anápolis – o Gama –hoje Colégio São Francisco e depois no Ginásio Brasil Central onde concluiu o curso de admissão (equivalente à quinta série do primeiro grau).
Fazendeiro e empresário, SultanFalluh está ligado à Associação Comercial e Industrial de Anápolis (Acia) desde 1948, onde passou a ocupar vários cargos. Primeiro, como integrante dos conselhos Consultivo e mais tarde no Deliberativo, sendo depois tesoureiro em dois mandatos, quatro vezes vice-presidente e duas vezes presidente. É o mais antigo empresário de Anápolis ligado à Acia com mais de 50 anos de atividade classista. Foi presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL.

Destaque na construção do Daia

Quando Irapuan Costa Jr. foi nomeado governador do Estado, em janeiro de 1975, escolheu Sultan Falluh como diretor administrativo da Companhia de Distritos Industriais de Goiás (Goiasindustrial). Com o afastamento do engenheiro Hugo Cunha Goldfeld, da Secretaria de Indústria e Comércio, Irapuan Costa Jr. nomeou Sultan Falluh para ocupar aquela Pasta, sendo depois, a pedido, substituído pelo coronel Eny de Oliveira Castro e retornando à Goiasindustrial como seu presidente e responsável pela implantação de toda a infraestrutura do Distrito Agroindustrial de Anápolis.
Como representante da classe patronal foi vogal da Justiça do Trabalho na Junta de Conciliação e Julgamento de Anápolis, primeiro como suplente e depois como titular.

Homenagens e vida familiar

Aposentou-se das atividades em 1997 e como ele faz questão de frisar, ´ao cômputo de 50 anos, cinco meses e um dia de contribuição previdenciária´. SultanFalluh é detentor da Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho de São José Operário, no grau de oficial, comenda outorgada pelo TRT, em Cuiabá. Recebeu também a Ordem do Mérito de Dom Bosco no grau de comendador, através do TRT-10ª Região, em Brasília. Por serviços prestados no processo de implantação da Base Aérea de Anápolis, Sultan Falluh recebeu o título de Membro Honorário da Aeronáutica. Também é Membro Honorário do Exército, por serviços prestados ao 42º Batalhão de Infantaria Motorizada sediado em Goiânia.
Nascido no Rio de Janeiro, a 15 de agosto de 1930, o empresário Sultan Falluh é o quarto filho, de uma prole de seis do casal de imigrantes sírios Nazira e Farhan Falluh, ambos já falecidos.
A 29 de maio de 1955 casou-se com Erotides Jayme Falluh. O casal tem seis filhos: Reinaldo (médico), Nazira (pedagoga), Elizabeth (administradora de empresas e funcionária federal na área de ciência e tecnologia); Suzana (estudou pedagogia), Cristina (pedagoga) e Lúcio (empresário). São sete netos: Santiago, Pedro Ernane, Mayra, Maha, Reinaldo Filho, Lara e Rodolfo.

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