Tendência se estabeleceu, dá liberdade e já seleciona aqueles que entenderam
melhor qual é a forma de seduzir os espectadores
As lives são uma opção que há muito tempo estão disponíveis em aplicativos de redes sociais. Mas, muita gente sequer sabia para que serviam e muito menos já tinham usado para filmarem a si próprios. Foi quando a COVID-19 trouxe inundou milhões de mentes com o chamado “ócio criativo”. Repare que uma das principais transformações observadas em tempos de pandemia foi o assombroso crescimento de lives por plataformas como o Instagram, Youtube
ou Facebook. Com temas completamente variados, entre cursos de finanças à palestras motivacionais. Mas o que chamou atenção do mundo foram as apresentações musicais.
Artistas de diferentes gêneros, renomados nacionalmente ou internacionalmente foram para frente das câmaras transmitir seus shows, levando alegria e até mesmo ajudando pessoas durante a pandemia. O DJ e produtor anapolino, Renato Jayme, também se rendeu ao formato das transmissões ao vivo e obteve cerca de 5 mil visualizações simultâneas. Um feito para um artista local. “Desde o dia 18 de abril, quando fiz minha primeira live, obtive muitos
comentários positivos, e então decidi continuar levando alegria e boas vibrações nesse momento caótico”, completou. Agora Renato leva ao ar diariamente um programa ao vivo com música para os mais variados gostos e estilos, indo de Love Metal até um bom pagode, reservado para o domingo a tarde. Para conferir os detalhes da programação é só acessar as redes sociais @djrenatojayme.
Lives pós pandemia – Mas será que essa onda veio pra ficar? Para o professor e especialista em marketing digital, Leandro Camargo, com certeza, as lives estão sendo disruptivas e despontando como novo nicho de mercado. Segundo ele, essa nova onda não deve acabar quando a pandemia do coronavírus terminar. Ao ser questionado sobre o assunto, o DJ e produtor Renato Jayme acrescenta que as relações profissionais e culturais não serão mais as mesmas, principalmente pelo sucesso que as lives alcançaram. “Aprendemos mais uma forma de nos relacionar, de vendermos a nossa marca e produto, isso não será abandonado após essa quarentena, mas sim aperfeiçoado”, completa ele.
Trata-se de mais uma fatia de audiência perdida pela TV aberta que, com seus altos custos de produção e limitação de horários não é capaz de segurar. Na internet, basta uma câmera média e uma boa conexão para conseguir alcançar resultados significativos. Atualmente ficou mais do que provado que cada público procura o que deseja ver de forma muito específica e não vê motivos para se prender à uma programação engessada com muita coisa que nada tem à ver com seu gosto.
Dicas – Para que já faz e para os que estão criando coragem para exibir algum talento no vídeo, o Portal Contexto preparou algumas dicas do especialista Leonardo Ferro. Ele já é veterano em em produzir shows pela internet. Segundo Leonardo, para as lives de artista profissional ou amador, as regras são as mesmas. Confira:
Ter um roteiro para não se perder;
Deixar espaço para interação com o público;
Escolher a plataforma certa, o público e o horário da live;
Usar um cenário básico, não é preciso gastar muito;
É preciso cuidar da iluminação, som e ter boa conexão de internet;
Ser pontual e divulgar antes a live;
“Quando você consegue escolher a plataforma adequada, que tenha a presença da audiência que você quer atingir e você entrega o conteúdo no horário que essa audiência está conectada, a live já tem meio caminho andando pra ter muito sucesso”, diz Leonardo. E você, já fez a sua? Ainda vai fazer? Deixe seu comentário aqui no Portal Contexto. Quem sabe a gente não te assista na próxima vez?!