A inflação medida na capital teve queda, apenas, nos subitens de cuidados pessoais, roupas, calçados e acessórios e educação
Em outubro, Goiânia registrou variação mensal de 1,00% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 – IPCA-15 (diferente do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA apenas no período de coleta), a nona taxa positiva do ano, que já chegou a atingir 1,40% em março.
Com isso, o acumulado no ano vai a 8,06% e o acumulado dos últimos 12 meses vai a 10,44%, como apontam os dados divulgados hoje (26) pelo IBGE.
No Brasil, a prévia da inflação oficial ficou em 1,20% em outubro, 0,06 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de setembro (1,14%). Trata-se da maior variação para um mês de outubro desde 1995 (1,34%), e a maior variação mensal desde fevereiro de 2016 (1,42%).
Combustíveis
Entre os itens com mais peso na cesta de compras das famílias com rendimentos entre 1 e 40 salários-mínimos estão veículo próprio, que subiu 0,71% em outubro; combustíveis de veículos, com alta de 2,65%; alimentação fora do domicílio, 1,62%; e energia elétrica residencial, 3,69%.
Destacam-se os combustíveis, que já acumulam 38,03% de alta no ano e 43,54% nos últimos doze meses. Entre eles, a gasolina subiu 2,59% nesta prévia de outubro, acumulando 36,34% no ano e 40,46% nos últimos doze meses. O etanol subiu 2,84% no mês, acumulando 47,89% no ano e 62,44% nos últimos doze meses. Por fim, o óleo diesel avançou 3,08% em outubro, acumulando 32,80% no ano e 35,52% nos últimos 12 meses. Gás de botijão atinge alta de 40% em um ano, enquanto energia elétrica residencial chega a 22%.
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A análise por grupos mostra que, dos nove pesquisados, seis apresentaram alta na prévia da inflação de outubro em Goiânia. A maior alta no mês ocorreu no grupo Habitação, que atingiu sua sexta alta consecutiva (1,93%), puxada mais uma vez pelas altas no gás de botijão (4,54%), que só em 2021 já subiu 35,39% e acumula alta de 40,02% nos últimos 12 meses; e na energia elétrica (3,69%), que acumula alta de 13,36% no ano e de 22,17% nos últimos 12 meses. Na sequência vem o grupo dos Transportes com 15 meses sem quedas nos seus preços, destaque para a transporte por aplicativo, que subiu 22,26% em outubro e já acumula alta de 30,86% nos últimos 12 meses. O subitem passagem aérea também teve alta (11,56%), elevando o acumulado nos últimos 12 meses a 34,4%. O grupo de Alimentação e bebidas alcançou sua oitava alta consecutiva (1,28%), e já acumula 8,08% em 2021 e 13,20% nos últimos 12 meses.
A elevação nos preços foi pressionada principalmente pelos subitens tomate (24,37%), café moído (11,04%), açúcar cristal (7,33%), frango inteiro (4,17%), leite em pó (3,51%) e chã de dentro (3,41%). Para fechar os grupos que pressionaram o crescimento na prévia da inflação de setembro em Goiânia estão Artigos de residência (1,05%); Despesas pessoais (0,46%); e Comunicação (0,44%).
Já entre os grupos que apresentaram queda no mês, o destaque foi para o grupo Saúde e cuidados pessoais (-0,60%), que cai após a alta de 0,74% em setembro; Vestuário (-0,11%), que alcança a quarta queda no ano, sendo a terceira consecutiva, devido à redução nos preços da roupa feminina (- 0,67%) e calçados e acessórios (-0,05%); e Educação (-0,03%).
Ranking
Todas as áreas pesquisadas apresentaram alta em outubro. O menor resultado ocorreu em Belém (0,51%), devido à queda nos preços do açaí (-4,74%), das carnes (-0,98%) e dos itens de higiene pessoal (-0,64%). A maior variação foi registrada em Curitiba (1,58%), com altas da energia elétrica (4,15%) e da gasolina (3,47%). Goiânia ficou novamente em nono lugar no ranking nacional (1,00%), entre Fortaleza (1,03%) e Brasília (0,87%) e abaixo da média nacional (1,20%).
Sobre o IPCA-15
O Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor (SNIPC) produz contínua e sistematicamente índices de preços ao consumidor. Com divulgação na internet iniciada em maio de 2000, o IPCA-15 difere do IPCA apenas no período de coleta, que abrange, em geral, do dia 16 do mês anterior ao 15 do mês de referência, e na abrangência geográfica.
Atualmente a população-objetivo do IPCA-15 abrange as famílias com rendimentos de 1 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, residentes em 11 áreas urbanas das regiões de abrangência do SNIPC, as quais são: regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e do município de Goiânia.