Pesquisa realizada pelo CONTEXTO faz um raio-x da criminalidade em Goiás. Alguns indicadores oficiais da Secretaria de Estado da Segurança Pública apontam reduções significativas.
Outros, acendem a luz de alerta!
É o caso dos números relativos aos crimes contra a mulher. Os dados apurados na reportagem do Jornal CONTEXTO revelam que o número de vítimas de feminicídio subiram 5,55% e de estupro, 15,83%.
São números que preocupam, em razão de que o país já avançou bastante na parte da legislação. Leia-se: Lei Maria da Penha, que é considerada uma das melhores do mundo.
Temos na Polícia Militar outro bom exemplo, que é Patrulha Maria da Penha, que apesar de nova, já tem uma longa e relevante folha de serviços prestados à sociedade.
Obviamente, que há muito campo ainda para se avançar não apenas no campo legal. Sobretudo, é preciso avançar na questão cultural que envolvem a violência, a discriminação e a desigualdade com as mulheres.
Os dados também jogam luz a uma outra questão não menos importante: Estamos preparados e qualificados para dar o atendimento que os casos envolvendo violência contra a mulher?
Anápolis, pode-se se dizer, é uma cidade privilegiada, que tem uma Delegacia da Mulher funcionando de forma plena. Tem uma rede protetiva e um arcabouço de legislações que colaboram com toda essa questão.
Contudo, há centenas e centenas e municípios que não dispõem de estrutura adequada e as mulheres, além de vitimadas pela violência sofrida, muitas vezes, ficam fragilizadas e expostas aos agressores.
Portanto, é preciso que o país, de uma forma geral, encare esse grande desafio. Um desafio que não é de responsabilidade apenas de Estado, mas de todos nós a fim de construirmos a várias mãos (e de mãos dadas) uma sociedade mais justa.