Sem citar o nome do deputado paulista Arthur do Val, “por não merecer ser citado”, a vereadora Andreia Rezende usou a tribuna e criticou o comportamento do parlamentar, envolvido em um escândalo de áudios vazados com conteúdos machistas e sexistas sobre as mulheres ucranianas.
Durante a sessão ordinária desta segunda-feira (07/03) na Câmara Municipal de Anápolis, véspera do Dia Internacional da Mulher, a vereadora Andreia Rezende (Solidariedade), teceu críticas sobre o deputado- que ela não quis citar o nome, por o mesmo não merecer- que teve áudios vazados carregados de citações machistas e sexistas sobre as mulheres ucranianas.
A referência da vereadora é sobre o deputado estadual por São Paulo, Arthur do Val, que é também blogueiro e autor de um canal do YouTube chamado de “Mamãe Falei”, com mais de 2,7 milhões de inscritos.
A vereadora destacou que ouviu todas as citações dos áudios vazados e todas elas- frisou- “causaram-me repugnação”.
E, conforme disse, dentre todas as colocações, a que chamou mais atenção é quando o parlamentar diz: “São fáceis porque são pobres”.
Ademais, em qualquer contexto, disse a vereadora, a frase causa repulsa. Sobretudo complementa, considerando o fato de envolver mulheres que estão em meio a uma guerra, na Ucrânia, onde o parlamentar esteve.
Justificativa
Após a enorme repercussão dos áudios, ao chegar no Brasil, o deputado tentou justificar: “Foi errado o que eu falei, não é isso que eu penso. O que eu falei foi um erro, em um momento de empolgação”.
A vereadora Andreia Rezende, ainda em seu pronunciamento, observou que a Assembleia Legislativa de São Paulo já iniciou o processo para analisar o comportamento ético do parlamentar. “Espero que haja uma punição da forma mais rigorosa possível”, destacou.
Integrante da bancada feminina na Câmara Municipal, junto com as colegas Thaís Souza (PP), Trícia Barreto (MDB) e Seliane da SOS (MDB), a vereadora Andreia Rezende é autora da lei do sinal vermelho, para as mulheres indicarem, através de um “X” na mão que estão sendo alvo de alguma agressão.
Hoje, já há uma lei nacional em vigor com esse mesmo teor.
