O motivo do adiamento foi uma invasão de agropecuaristas, que acompanhavam as atividades, ao plenário Iris Rezende.
A ação dos manifestantes causou danos ao patrimônio público e colocou em risco a integridade física dos servidores. A invasão foi para impedir a votação das matérias que visam a criação do Fundeinfra.
Nesta terça-feira (22), em meio a mais uma tarde de discussões acaloradas, o Parlamento goiano voltaria a colocar em apreciação, desta vez, para a validação definitiva, os projetos da Governadoria que convergem para a criação do Fundo Estadual de Infraestrutura (Fundeinfra), a chamada taxa do agro.
Contudo, as deliberações, que abririam os trabalhos plenários da semana, foram prejudicadas, depois que manifestantes contrários às proposituras invadiram o plenário da Casa, deixando rastro de vidros quebrados.
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Com o acirramento dos ânimos, que começou com empurrões e colocou em risco a integridade física dos servidores e que terminou em depredação do patrimônio público, o presidente Lissauer Vieira (PSD) precisou encerrar a plenária, transferindo a pauta de votação para a sessão desta quarta-feira, 23.
Idas e vindas
Já no fim da tarde, os parlamentares da bancada de oposição voltaram ao plenário com o objetivo de retomar os trabalhos, o que não foi possível porque a sessão ordinária já havia sido encerrada.
Em pronunciamento destinado à imprensa, servidores e público presente nas galerias, o presidente Lissauer Vieira anunciou, após reunião com os parlamentares da base e da oposição, a realização de uma sessão ordinária híbrida para amanhã, às 15 horas, sem a presença de público nas galerias.
A medida, segundo Lissauer, é para garantir a continuidade da votação dos projetos e a segurança dos deputados e dos servidores da Alego.
“Eu encerrei a sessão no momento da invasão ao plenário, que foi uma atitude que todos nós, deputados e servidores da Casa, repudiamos totalmente. O que teve foi um ato inesperado de vandalismo”,
lamentou o presidente.
Para Lissauer, todo mundo tem direito de se manifestar, desde que seja de forma ordeira e pacífica. O que não aceitamos é esse tipo de atitude”, disse o presidente.
Discussões na tribuna
A exemplo das últimas sessões ordinárias, o encontro presencial desta terça-feira, 22, também foi aquecido por intensas discussões parlamentares, que aglutinaram manifestações favoráveis e contrárias às matérias.
A votação foi novamente acompanhada por vários representantes do agronegócio, segmento ao qual se dirigem as propostas da Governadoria. Das galerias do plenário Iris Rezende, eles reforçaram a oposição à aprovação das proposituras.
Contrário às proposições, o deputado Delegado Eduardo Prado (PL) apresentou um requerimento pedindo a retirada de pauta dos projetos e solicitou que a petição fosse apreciada em regime de urgência e preferência. Ao ser colocada em deliberação, a manifestação, protocolada com o nº 30, foi derrubada pelo Plenário.
Defesa
Do lado da defesa da iniciativa, o líder do Governo no Parlamento goiano, deputado Bruno Peixoto (UB), argumentou que o Fundeinfra trará melhorias ao estado.
Segundo ele, o projeto entregue pela Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja) e pelo Fundo para o Desenvolvimento da Agropecuária (Fundepec) ao Governo de Goiás “mostra, com muita clareza, os recursos que o estado necessita para a recuperação de vias, de pontes a serem recuperadas e construídas, pois sabemos que para suportarem máquinas agrícolas e caminhões, precisam ser reforçadas, e, assim, o nosso governo vai agir”.
(Com informações da Agência Assembleia de Notícias)