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A banalização da morte

de Castro Alves
24 de agosto de 2012
em Opinião
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Tenho ido a alguns velórios de pessoas amigas, a maioria de meu tempo, que estão falecendo nos últimos anos. Quase não vou a velórios, mas de vez em quando somos chamados a prestar uma última homenagem a um conhecido, parente ou amigo.
Confesso que estou profundamente envergonhado e decepcionado com os últimos velórios a que tenho comparecido de uns anos para cá. Quando se chega ao ambiente fúnebre, você vê pessoas contando piadas, rindo e, principalmente, fazendo negócios, anotando número de telefones, etc. A maioria das pessoas vai ali somente para mostrar à família do morto que compareceu. Só para marcar presença.
Um barulho de conversas pode ser ouvido mesmo antes de você adentrar ao recinto do salão. Junto ao caixão permanecem alguns mais chegados e a família do morto. Os presentes, na sua maioria, apenas dão uma voltinha próximo ao caixão e, sorrateiramente, saem caladinhos, às vezes sem nem cumprimentar a família entristecida. Aí, vão rever os amigos e bater papo. Neste momento, geralmente, eu não me sinto bem e fico consternado, chego próximo ao falecido, olho em seu rosto e faço, silenciosamente, uma oração pedindo a Deus que acolha aquela alma em seu reino.
Uma coisa interessante que estou notando é que, em época de eleições, os velórios ficam mais lotados. A maioria dos candidatos não tem nenhum sentimento, mas quer se fazer presente, pois ali no velório pode ganhar a simpatia da família e angariar uns votinhos. Outra coisa boa é, também, participar da missa de sétimo dia.
O procedimento mais correto seria ir ao velório e, realmente, rezar junto à família, apresentar seus préstimos e pesares pela morte. Tentar confortar os membros da família. Manter um olhar de consternação e sentimento. Manter-se em silêncio e respeito. Procurar ficar mais distante dos negociantes e contadores de piadas.
Acho que a morte está sendo banalizada. A morte ficou tão comum que virou rotina. Mais um que morre não vai fazer falta. Dentro de poucos dias ninguém, a não ser a família, vai se lembrar daquele morto, pois em breve surgirão outros e outros.
Tenho um arquivo de fotos que guardo desde que era editor de jornal e há os envelopes de fotos por categoria. Tem um só de falecidos e cada dia que revejo os vários envelopes vou tirando os que falecem e vou colocando no envelope dos “FALECIDOS”. É o único envelope que vai aumentando, e daqui uns anos talvez os outros envelopes se acabem. Só o dos falecidos permanecerá para sempre.
Talvez eu esteja errado, mas é bom mudar de atitude quando for a um velório. Lembrar que amanhã quem poderá estar dentro de um caixão será um de nós, por que a morte é a única coisa que é certa.

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