A ferrovia do futuro

Por todo o Brasil há de se encontrar céticos quanto à veracidade da implantação da Ferrovia Norte Sul. Alguns alegam que o Governo estaria blefando, mesmo vendo parte do projeto concluída (trechos no Maranhão e no Tocantins) e outros sendo articulados.
Muitos acham que não haverá dinheiro para a obra, embora o Governo Federal assegure que parte dos recursos já está disponível. Muitos entendem que um projeto como esse somente é possível nos países ricos, onde sobra dinheiro, mesmo vendo que a Ferrovia é o sonho de milhões e milhões de brasileiros, de maneira especial os que vão ser beneficiados diretamente por ela.
E, quando se fala que Anápolis será um eixo importante da convergência dessa malha ferroviária, as dúvidas e os questionamentos aumentam mais ainda. Mas, é assim mesmo. Quem acha que o Brasil não pode ter uma ferrovia de tal envergadura, é porque olha para ao próprio umbigo, não tem a capacidade de observar que em países como a Rússia, China, Canadá e outros, foram implantadas ferrovias bem mais extensas, em situações bem mais adversas e em condições bem mais problemáticas.
A Ferrovia Norte Sul há de dar certo, independentemente das preferências políticas de grupos e/ou segmentos. Ela precisa dar certo, pois Anápolis vai depender, e muito, dela, para levar adiante a proposta de ser a cidade mais importante do Centro Oeste Brasileiro, do ponto de vista econômico e estratégico.
Poucos pararam para pensar o que significa a Ferrovia Norte Sul para Anápolis. Será através dela que chegarão, com valor de frete bem mais em conta, os grandes carregamentos de manufaturados, tanto do Brasil como do exterior, com o funcionamento da Plataforma Multimodal. Por esta ferrovia exportaremos o que for produzido e o que for beneficiado em Anápolis com maior competitividade e com maior segurança.
O futuro do Brasil está nos trilhos. Pode não ser este ano, pode não ser ano que vem. Mas, um dia a Ferrovia Norte Sul vai ficar pronta, a despeito daqueles que não acreditam. Como os que não acreditavam na ponte Rio Niterói, na Belém Brasília, na Transamazônica, na construção de Brasília, na indústria automobilística, na Petrobras e em muitos outros projetos que colocaram o Brasil na relação dos países desenvolvimentistas.