Enfim a lista da Odebrecht: presidente; ex-presidente;, ministros; 1/3 do governo Temer; governadores; senadores, inclusive o Presidente do Senado; deputados, também o Presidente da Câmara; prefeitos; políticos de todos os matizes, de partidos tradicionais ou não, esquerda, centro, direita. É provável, ainda, que muitos outros façam parte desta e de outras listas. Qual o sentimento que nos resta? Indignação? Revolta?
Todos estes escândalos produzidos em série nos últimos anos nos remetem a discussão dos efeitos da corrupção sobre nossas vidas, no nosso cotidiano. Saúde, Educação, segurança, emprego, esqueçam! Não há como deixar de estabelecer nexos de causalidade entre os escândalos políticos e a falta de saúde, o baixo desempenho da educação, a insegurança e o desemprego.
Temos desvios em todos os níveis da administração, municípios, Estados e União, como, aliás a lista está a desnudar. Ainda a desvendar desvios de conduta no Judiciário, na mídia, aqui, acolá…
A lista e seus desdobramentos que estamos presenciando, desnudam os graves desvios éticos da política, em particular e por que não dizer, da sociedade brasileira como um todo. Como sabia-se desde antanho, a corrupção não é privilegio ou deBoa
prosa
NILTON PEREIRA
nilton_ans@yahoo.com.br
Comunicadoras
Duas revelações positivas na área da comunicação em Anápolis. Uma delas é a repórter/apresentadora Nathália Silva, dos quadros da TV Anhanguera. Boa postura, voz firme, excelente entrevistadora e competentíssima quando o assunto é fazer reportagens. Tem pegada para ser ´repórter de rede´ e deve ficar por pouco tempo em Anápolis. Veio de Rio Verde e deve seguir para uma praça maior ainda. É questão de tempo. A outra, não menos importante, atua no setor administrativo. Trata-se de Lídia Coelho Magalhães, diretora da Rádio Imprensa AM. Apesar do pouco tempo no comando da emissora, ela já provocou uma substancial mudança na forma de dirigir a Rádio e tem o respeito de toda a comunidade, tanto pela competência, quanto pelo fino trato com que se relaciona com as pessoas em geral.
Famosos agridem
As denúncias de violência, discriminação e abusos contra mulheres deixam os casebres, os grotões, as favelas e as chamadas periferias e ganham espaço entre os poderosos. Recentemente, três casos emblemáticos chamaram a atenção da mídia. O senador gaúcho Lasier Martins (PSD) foi denunciado à Polícia depois de aplicar uma surra, com cinto, na esposa. Também, o cantor sertanejo Vítor (dupla Vítor e Leo) foi denunciado formalmente por agredir a esposa grávida. E o famosíssimo ator da Rede Globo, José Mayer, foi denunciado por assédio sexual a funcionárias daquela emissora.
Feriadões
Dois prolongados feriados vão fazer a alegria dos que gostam (e dos que podem) de esticar os finais de semana. É que, neste dia 14, Sexta-Feira da Paixão, tradicionalmente, não funcionam as atividades produtivas, exceto os chamados serviços de plantão. E, na sexta seguinte, 21 de Abril, é feriado de Tiradentes, com a repetição da folga. Sem contar que o Primeiro de Maio, Dia do Trabalhador, feriado nacional, vai cair numa baita segunda-feira.
Tem lugar pior
O Ministério Público de São Paulo abriu um inquérito civil para investigar a cobrança de uma taxa para conservação e manutenção de túmulos em dois cemitérios municipais da cidade de Salto. Seria uma espécie de IPTU fúnebre. Nos carnês enviados pela funerária há a opção de pagar a taxa com desconto de até 10%, mas em caso de atraso, a taxa de juros seria de 2% ao mês. A prefeitura suspendeu a cobrança da taxa e logo após, a funerária emitiu um comunicado informando que o pagamento era opcional. Moradores receberam carnês da empresa responsável pela administração no valor de R$ 270 divididos em 10 parcelas, o que, de acordo com a denúncia apresentada ao MP, não tem previsão legal.
Pela culatra?
Há quem diga que a coletiva do Prefeito Roberto Naves, para a prestação de contas dos 100 primeiros dias de sua administração (segunda-feira, 10) não teria alcançado os resultados satisfatórios. Isto porque, na avaliação de muita gente, o momento foi dos mais inoportunos. O Prefeito acabava de extinguir gratificações; cortar cargos, diminuir salários e adotar outras medidas impopulares,
Nasci, exatamente, no meio do Século XX. O mundo começava a respirar aliviado com o fim da Segunda Grande Guerra, que deixou estragos profundos na humanidade. De lá para cá, tenho acompanhado e evolução das coisas, a presença cada vez mais marcante da tecnologia, o avanço da ciência e muitos outros benefícios que vieram para facilitar a vida do homem moderno.
Vivi, com muito orgulho, as cinco conquistas da Seleção Brasileira (58; 62; 70, 94 e 2002) que se sagrou Campeã do Mundo. Vi Pelé e Garrincha jogarem, ao vivo. Vi a chegada da TV, da internet, dos antibióticos, da chegada do homem à Lua. Vi governos sendo depostos, vi governos democráticos sendo eleitos. Presenciei crises políticas, crises econômicas, alegrias e decepções.
Mas, há coisas que presenciei e que não gostaria de ter presenciado. Coisas de que sinto pena, mas que são duras realidades. O tempo passa, a humanidade se moderniza, as coisas evoluem. Contudo, há um preço para isso. Preço que, em determinados casos, se torna um sacrifício.
Tenho pena das crianças de hoje que são privadas da mais importante proteína de que se tem conhecimento: o leite materno. Por motivos variados, as mães não têm mais tempo, ou, não se predispõem, a alimentar os filhos com esta essência divina que é o leite que sai de seus peitos.
Tenho pena das crianças que nas madrugadas, ainda dormindo, vão para as creches, pois a mães têm de ir para o trabalho. E, lembrar que, poucas décadas atrás isto não era,digamos, obrigatório. Na creche, em que pese o cuidado; o preparo, o zelo e o carinho dos encarregados de cuidar dessas crianças, todo mundo sabe que não é a mesma coisa do colo da mamãe.
Tenho pena das crianças que, hoje, são criadas pelas tias e pelos tios do colégio; da natação; do judô; do balé, do futebol e, lamentavelmente, pelas babás eletrônicas (televisão; internet, celular e assemelhados). Isto, quando têm melhor sorte e não ficam pelas ruas, à mercê de todo tipo de coisa errada.
Tenho pena dos adolescentes que são estranhos aos seus pais, que mal conversam com eles, por conta dos compromissos de ambos os lados. Gente que troca umas poucas dezenas de palavras monossilábicas durante o dia e que não têm qualquer intimidade familiar. Muitos pais não se lembram da data de aniversário do filho, nem sabem o número do seu calçado. Há deles que jamais acompanharam as crianças em uma consulta médica, nunca fizeram um passeio no campo, nunca compartilharam cinco minutos de caminhada pelos parques junto com elas.
Tenho pena desses adolescentes e desses jovens que crescem alheios ao que ocorre no reduto de seus lares, que não interagem com os irmãos, com os pais, avós e parentes. Uma geração que, com raras exceções, não toma a bênção dos avós, dos pais e dos tios. Uma geração que vai ficando, cada vez mais, embrutecida, sob a alegação de que não pode perder tempo, que precisa acompanhar o progresso e o desenvolvimento.
Tenho pena dessas pessoas, pois elas vão passar pela vida e não vão vivê-la intensamente. São condenadas a se tornarem zumbis urbanos, gente sem alma, sem razão, sem sentido de ser. Talvez seja por isso que a frustração e a depressão avançam sem limites nas famílias, onde no lugar do amor, prospera a indiferença e a intolerância. A origem disso tudo, com certeza, está lá atrás. Talvez, até, antes dos nascimentos, muitos dos quais surgiram sem qualquer planejamento, sem a dose necessária de amor e sem o tempero essencial da responsabilidade. É por isso que sinto pena.
Das coisas de que sinto penanecessária, no entendimento do Governo Municipal. E, na fala com os jornalistas, não teria sido apresentada qualquer novidade em relação ao que já vem sendo falado, principalmente os anúncios de obras físicas e sociais, que, por enquanto estão, apenas, nos anúncios.
Todavia, há de se reconhecer que, em 100 dias, nenhum governante é capaz de apresentar alguma novidade mais impactante, principalmente no caso de Anápolis, quando não houve sequência de governanças e, sim, rupturas filosóficas, doutrinárias e administrativas, em relação ao governo do PT que ficou oito anos no poder. Desgaste desnecessário, na avaliação de alguns. Muito embora, em sua fala, Roberto Naves tenha sido interrompido por efusivas (até frenéticas) salvas de palmas. Principalmente dos secretários, assessores e convidados especiais que se achavam presentes. Mas, muitos gostaram do que ouviram. Efeitos do chamado estado democrático. (Nilton Pereira).
Puxão de orelha
Meio que goela abaixo, estaria, praticamente, definida a instalação do Museu do Imigrante, na antiga Estação Ferroviária da Praça Americano do Brasil. Isto porque, na concepção original, o prédio serviria para se instalar o Museu da Imagem e do Som, que já tem, até, nome: ´Maestro Sizenando Gonzaga Jaime´.
E, como prêmio consolação, fala-se que o Museu ´Maestro Sizenando´ vai ser instalado na antiga Estação ´Engenheiro Castilhos´, no local mais conhecido por ´antiga FAIANA´. Não se tem, todavia, uma confirmação de data, de quando isto aconteceria ou, como seria desenvolvido o projeto.
Chama a atenção, a passividade das lideranças tradicionais da Cidade que veem acontecerem mudanças profundas na sua história e não demonstram qualquer reação. Assim sendo, de nada vale aprovarem-se leis que não são cumpridas. Filme antigo.mérito de um único partido político. Corruptos são de direita, esquerda; são cristãos, ateus; homens, mulheres; nortistas, sulistas, brasileiros. Espera-se que não haja um direcionamento condenando uns, livrando outros. Espera se, mais ainda, que tudo não se transforme em um grande conchavo, que não acabe, tudo, em pizza.
Todos os citados obviamente têm o direito de manifestar-se contestando as graves acusações a eles imputadas, provável, até que um ou outro seja inocente, mas se existe hora para repensar o País esta, sem duvida, parece ser a hora.
Não esperemos de Temer ou de qualquer dos outros citados uma mudança de comportamento. Precisamos, todos, mudarmos; precisamos, todos, cobrar a mudança. Os escândalos se tornaram vulgares, nos contaminaram, passaram a fazer parte de nosso cotidiano. Nos próximos dias veremos, ouviremos um sem numero de vídeos, áudios – alguns manipulados- que tão somente farão aumentar o nosso asco com a política e, acredite, embora possa parecer irônico, a criminalização da política em nada nos tornará melhores, mais justos, mais éticos.
Políticos honestos existem porém, cada vez mais raros, mas existem. É preciso que estes, com o nosso apoio, nossa cobrança, permitam que a ética governe a razão, sob pena, como nos ensina Saramago de na ausência da ética esta seja desprezada pela razão. Não podemos viver na ilusão da procura da Lanterna de Diógenes e, neste contexto, particularmente, não vejo melhor alternativa que a convocação de uma eleição geral, esta crise não se superará se não houver uma modificação radical dos atores deste processo.
Tarifaço e Bolsonaro e a pré-campanha de Caiado nas redes sociais
Deu muito o que falar o tarifaço do presidente Donald Trump, acompanhado do apoio ao ex-presidente brasileiro, Jair Bolsonaro. Nas...