Existem pais biológicos que amam. Existem pais biológicos que cuidam. Existem pais biológicos que não podem cuidar. Existem pais biológicos que querem, mas não podem cuidar. Existem pais biológicos que podem, mas não querem cuidar. Existem pais do coração. E é desses pais do coração que queremos falar.
É gente que abre mão de projetos pessoais, gente que, por motivos alheios à sua vontade não podem ter um filho pelas vias naturais. Mas é gente cheia de amor, cheia de carinho, cheia de ternura e muito mais do que isto, gente na essência da palavra. O ato de assumir a paternidade de uma criança, ou, de muitas crianças, transcende o racional, penetra em uma dimensão superior, mostrando a capacidade de amor, de se doar, de cuidar de uma vida. Estamos falando de vidas. Adotar uma criança, seja ela de que idade for, de que raça for, de que compleição física for, é inefável, ou seja, não se explica com palavras. É dom de Deus.
Em boa hora, o Juizado da Infância e da Adolescência em Anápolis está lançando o projeto “Adotar: colocar uma criança no coração”. Não se trata, é claro, de um simples incentivo para que alguém vá a um orfanato escolha uma criança e a leve para casa, como se fosse um animalzinho de estimação. Não é nada disso. O projeto tenta passar para as pessoas, tanto para as que já têm filhos biológicos, quanto para as que não os tem e querem, mas não podem ter, o quanto Deus se agrada das pessoas que assim agem.
Ter filhos, naturais ou adotivos, é inexplicável. Não ter filhos, pode ser opção. Ter filho adotivo, talvez seja uma das maiores demonstrações de amor que se possa fazer. Não, adotar por adotar. Mas, adotar para criar, para amar, cuidar, zelar, compartilhar, viver intensamente grandes emoções. Afinal de conta, Deus nos adotou como filhos. Cuida de nós, zela por nós. Nos ama, nos guarda, nos protege. Não somos Deus. Mas, podemos imitá-lo, repartindo nosso amor com uma criança.
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