A prisão de Cunha movimentou o cenário político nesta semana. Tardia, merecida, para uns, injusta, para outros. Mais que a prisão, o que assombra Brasília são as consequências da mesma.
O governo, para parecer alheio ao fuzuê, busca mostrar força de articulação, e, para isto, aposta na aprovação em segundo turno da PEC 241 aquela que promete ablação dos investimentos sociais nos próximos vinte anos. Busca, acima de tudo, provar que não há correlação entre sua base de apoio e o Centrão, busca sepultar a relação de Cunha com os deputados que lhe devem admiração.
Por falar em admiração, como não lembrar que a mesma é filha da ignorância e que a mesma começa onde acaba a compreensão?
Engraçada a vida. Antes amigos que beiravam a felação, hoje, tentando negar qualquer relação.
Brasília, que sonha com o fim da inflação, quem sabe até com uma deflação, se assombra, em verdade com uma possível delação. Nestes tristes e quentes trópicos de muita especulação, a população, feito assombração, aguarda ansiosa alguma revelação.
Não se sabe se Cunha tem algum culhão para enfrentar a tripulação do Planalto.
Prisão rima com delação, assombração, embarrilação, enganação. Rima com um monte de ãos, rima até com jubilação.
Cunha não rima com Temer, embora, em passado recente, fizessem parte da mesma empulhação. Temer, agora, com muita tribulação, finge, até, que não faz parte desta tripulação.
Nestes tempos, alguns corações de políticos, amantes da corrupção, batem em ritmo de fibrilação. Fingem não temer a revelação, descartam qualquer relação, temem até bicho papão.
E, este cronista, pobre e medíocre cronista, que alimenta a tola ilusão de que político tenha coração, em verdade sabe que rima nunca foi solução, mas, ansioso, espera, que a propalada delação seja o inicio do fim da esculhambação.
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