Até quando, Temer, abusarás da nossa paciência? Quanto zombarás de nós ainda esta sua desfaçatez? Até onde irá vossa insolência? É possível que abalo algum tenha lhe causado as visitas noturnas e soturnas do Rei da Carne em seu Palácio, mas não haverias de se perguntar: E o meu sofrido povo? Também não se abalaram? Julgas que algum de nós ignora o que obraste na noite próxima, nas antecedentes, onde estiveste, quem recebestes, pior, que resoluções tomastes?
Ó tempos, tão tristes costumes, bem sabemos que apenas o Senado lhe aprova. E perguntamos, até quando? Bem sabemos que tens um fiel escudeiro no Supremo, e nós perguntamos, até quando? Sabemos, ainda, que tens uma horda de políticos, reles políticos caça-níqueis que lhe tecem loas, e nós os questionamos, até quando? Sim, nós, como, tú, estranhamente, já não ouvimos o bater das panelas, o buzinaço do inconformismo, mas, até quando?
Já o temos sem valor, mas e nós, homens, mulheres de valor, até quando suportar seu cinismo? Não, não pegamos em armas, não lhe desejamos morto, mas não temes que caia sobre ti a ruína que há tanto maquinas contra nós?
Até quando achas que nos engana? Não penses que nos manteremos ingênuos, como se nada tivesse acontecido. Porventura, não recebestes recursos ilícitos em campanhas políticas? Porventura não nomeastes malfeitores da coisa publica? Esqueces que sabemos que estás incrustado no poder há anos, há dezenas de anos, sempre envolto em nebulosas negociações.
Esqueceu quem senta à sua mesa de jantar? Acreditas que consegues passar a imagem de homem íntegro sendo amigo de Gedeis, Romeros, Aécios, Cunhas, Mendes e outros quetais. Ah, ia me esquecendo do pobre Loures, exímio atleta de corrida com malas abarrotadas de cédulas na mão. Os federais, com pena, haverão de poupar-lhe a cabeleira. Nós gostaríamos apenas que o mesmo desse com a língua entre os dentes. Tremei, ó Temer!
Há inúmeros, milhares, centenas de milhares de pessoas, nas ruas, praças, de Norte a Sul deste País maquinando vossa ruína. Até mesmo entre seus generais, já podemos avistar um ou outro dentro de nossos muros. Seu tempo, acredite, está a findar-se.
Uns poucos aqui e acolá, gatos pingados, ainda se atrevem a defendê-lo, e por isto ainda vives, sobrevives cercado, espera-se, da vergonha.
Portanto Temer, o que hás mais de esperar, se nem a noite com suas trevas há de esconder suas iniquidades, sua conjuração. Crê- me o que te digo: muda-te de projetos, abandone o barco, faça deste último e derradeiro gesto júbilo aos seus súditos. Nada que obres ou maquine, que cogites ou planejes será ainda escondido.
Ó Temer, não nos negue o tênue prazer de nos vermos livres de sua presença. A sua renuncia, acredite, será o nosso prazer.
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