Atitude sim ou não?

Na semana passada eu conversava com um professor de psicologia de uma universidade americana, quando chegamos a um dilema sobre entre ter ou não ter atitude. Para nós, a tradução em português pode significar tanto posição e postura e só começou a ficar claro quando lhe dei a seguinte explicação: aqui se planta aqui se colhe. Todos já ouviram sobre isso em algum lugar. O problema é que de tanto falar sobre algumas coisas sem reflexão, elas acabam caindo na banalidade. Podemos nos esconder do mundo, mas nunca de nós mesmos.
Dentre aqueles que já despertaram para essa verdade estão seres exemplares, e com sua postura ímpar destacam-se na multidão e alcançam resultados bastante expressivos. Para quem tem olhos para enxergar, eles são modelos. Para os demais, eles tiveram sorte. Pessoas de atitude não esperam as coisas melhorarem para agir, simplesmente constroem seu caminho com muita determinação, autoconfiança e fé. Aglutina – em menor ou maior grau – as seguintes peculiaridades: comete erros e procura aprender com eles; caminha sempre um quilômetro extra; faz algo para mudar o que o está incomodando, simplesmente não aceita o “é assim mesmo”. Ainda: procura manter uma atitude mental positiva diante dos problemas; em vez de culpar o mundo e incriminar o destino, procura a causa do problema em si mesmo, abrindo uma oportunidade de enriquecimento pessoal e aprendizagem; não se abate com as derrotas e cultiva uma visão criativa.
Mas, sabemos que só a intenção não modifica as coisas, é necessário ação. O único pré-requisito para fazer parte desta comunidade é incorporar à sua vida o exercício da prática da bondade. Prestar atenção nos pensamentos e sentimentos emitidos. Quantos são positivos? Quantos são negativos? Qual o saldo de sua participação ao final do dia? Pessoas de atitude é gente pobre ou rica; famosa ou desconhecida; empregador ou empregado; de qualquer raça, sexo ou nacionalidade. Pessoas de atitude é gente do planeta, que se preocupa com a “grande casa” e, em seu pedaço de terra, procura fazer o melhor. A principal virtude de pessoas de atitude não é aquela que faz o que diz, mas sim aquela que faz o que é preciso para melhorar a si mesmo, as pessoas e o mundo. Quando fazemos o contrário corremos o risco de cair na hipocrisia, e não percebermos a distância entre o nosso discurso e a nossa prática. O professor ouviu com atenção e crescente interesse, percebeu, enfim, a diferença e sugeriu que eu escrevesse um artigo sobre isto, pois era um conceito inovador para ele. O entusiasmo é uma atitude de fé, daquela que remove montanhas (dos problemas diários), pois modifica as circunstâncias. Ele é mais que o otimismo, pois este apenas confia, enquanto aquele age. Aliás há uma frase de famoso estadista que bem cabe aqui: “Há três tipos de pessoas: as IMÓVEIS (que nunca saem do lugar), as MÓVEIS (que são conduzidas) e as que se MOVEM (para modificar as circunstâncias).” É uma mera questão de atitude! Onde estamos?