Se “cada um de nós compõe a sua história”, como diz a bela música “Tocando em Frente” de Almir Sater, por certo, todos nós podemos ou, poderíamos compor a “nossa história”. E podemos mesmo. Depende da vontade e da voluntariedade de cada um. Já se dizia por aí que “ninguém é tão pobre que não tenha nada a oferecer, ou tão rico, que não necessite de nada”.
São adágios populares que nos levam à reflexão sobre o nosso papel diante da sociedade. Existem os que se omitem, muitas das vezes na covardia de não quererem aparecer. Essa é a pior espécie. Mas há, também, os predadores, aqueles que estão “contra tudo e contra todos” entendendo eles que nada mais existe além de seus narizes e que tudo gira em torno deles. Espécie ruim também.
O certo é que a vida não pára de rodar e que temos compromissos a cumprir com a sociedade, com as instituições ou conosco mesmos. Vivemos em sociedade e sociedade enseja direitos e deveres. De nada adianta, por exemplo, criticar os políticos e não se apresentar como alternativa; criticar o time de futebol, a igreja, a empresa aonde trabalha, o bairro aonde mora, se os que se dizem cidadãos de bem, não participam, não opinam, não estão “nem aí”.
Acontece que, se os que pensam o bem comum trabalham por ele e com ele, não ocupam os espaços, com certeza essas mesmas lacunas vão ser preenchidas pelos aproveitadores de plantão. Gente que se aloja na sociedade justamente para se aproveitar dela, muitas das vezes, camuflada de paladinos da moral e da decência. Verdadeiros parasitas, ou sanguessugas.
E, infelizmente, é disso que estamos falando. É essa gente que tem se apresentado à sociedade como vanguardeira da moral, da ética, dos bons costumes e da positividade. Isso em todos os níveis, em todos os setores. Não existe exceção. O que se pode deduzir é que onde falta a luz, entra a escuridão. Onde faltam bons políticos, vicejam os aproveitadores, os corruptos. Onde não se consegue enxergar coisa boa, vai-se ver coisa ruim, desagradável.
É hora de virar esse jogo. É hora de se “separar o joio do trigo”. Os homens, e mulheres, de bem hão de reagir, ocupar os espaços, as posições, os lugares que a eles são reservados. Seja na política, na educação, na economia, na comunicação, no serviço público.
Então, depende de nós.
Da polarização à união é o desafio pós-eleições
A polarização política intensificada durante o primeiro e segundo turnos das eleições de 2024 trouxe à tona uma série de...