Qual é o perfil do prefeito ideal para governar Anápolis a partir de 2009? Eis a questão! Há correntes defendendo que o futuro prefeito seja honesto, trabalhador, inteligente e compromissado com o povo. Mas, qual deles não promete isso quando da campanha? Alguém tem notícia de que algum candidato, nas últimas dez eleições, não tenha afirmado ser portador destas e de outras qualidades?
Da mesma forma, há grupos que asseguram ser importante que o próximo prefeito de Anápolis seja um administrador, com experiência e que não necessite, obrigatoriamente, ter experiência política. Outras vertentes acreditam que, sem política ninguém governa. Já há os que trabalham com a idéia de que um prefeito competente tem de ser, essencialmente político, para montar uma boa equipe de técnicos e governar com acerto.
Na verdade, dos pré-candidatos que se apresentam por aí, praticamente todos garantem ter a solução para “tirar Anápolis do buraco”.
Mas, se Anápolis é uma massa falida, por que tanta gente interessada em ir “para o sacrifício”, abrir mão do conforto da empresa, dos negócios, da fazenda ou dos bons empregos públicos para arriscar ser o comandante de uma prefeitura à beira da falência? Mistério puro! Existe alguma coisa que ninguém descobriu ainda e, se descobriu, não quer revelar. Seria o fascínio pelo poder? Ou seria, em última análise, o gosto pelo desafio, pelo desconhecido, pela superação?
Enquanto isso, o povo fica apenas como coadjuvante nesse fantástico labirinto teatral. Quem será o melhor? Ou a melhor? Candidatos existem aos borbotões, gente de todo tipo, de todas as vertentes, de todas as camadas. Empresários, professores, fazendeiros. Tem até gente com profissão incerta e não sabida. Mas é gente que tem a “receita para salvar Anápolis”.
A sorte está lançada, as campanhas, embora negadas, embora camufladas, já estão em pleno vapor. Mas, como dizem por aí, “está valendo”, pois o que não falta é reunião, conchavo, especulação e esquemas. Tomara que, desta vez, os candidatos se lembrem de consultar o povo, que apresentem propostas de governo menos mirabolantes, mais concretas e exeqüíveis. Tomara que o povo, também, tenha aprendido as últimas lições e escolha um candidato (ou uma candidata) que se identifique com as aspirações e as carências de Anápolis.
Seja ele administrador, político, empresário, intelectual. Mas que seja uma pessoa comprometida e compromissada com a comunidade. O povo, se quiser, pode fazer uma boa seleção. Que vasculhe a vida do candidato, que saiba de seu passado, de seu histórico. Onde ele acertou, onde ele errou. Sua origem, seus predicados, seus defeitos. Não acreditar somente nas bonitas e convincentes propagandas na véspera das eleições. É um direito de todos. O povo é sábio. Em política, o povo põe, mas quando não funciona, o povo tira. Anápolis precisa seguir em frente, manter o crescimento, se afirmar como a mais importante comunidade do Centro Oeste. A cidade já tem quase tudo para que isto aconteça. Estará, agora, à espera de um prefeito ideal para geri-la a partir de 2009.
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