Mais algumas horas e nós, brasileiros, teremos pela frente um dos mais importantes compromissos de todos os tempos. No domingo, 03, vamos às urnas, escolher o novo (a nova) Presidente da República, assim como o novo (a nova) Governador (Governadora) do Estado. De quebra, no caso de Goiás, elegeremos dois senadores, 17 deputados federais e 41 deputados estaduais, pessoas em quem depositaremos nossa confiança para que nos representem pelos próximos quatro anos. Daí, a importância do voto, daí a importância de saber votar.
Em tudo isso, o aspecto que mais chama a atenção, com certeza, é a imperiosa necessidade que temos de mudar muita coisa neste País. Não que tudo esteja indo mal. Temos de admitir os avanços obtidos nas últimas décadas, quando inúmeros problemas foram solucionados, ou, no mínimo, diminuídos de intensidade. Mas, isso não serve de consolo. E por motivos óbvios. O primeiro deles, com certeza, é por que no Brasil existe a segunda maior carga tributária do mundo. Ou seja: pagamos impostos de mais, para atendimentos de menos. Vivemos numa economia de Bélgica, com qualidade de vida de Índia. E, é por isso, que muitos nos chamam de Belíndia.
Se considerarmos as pilastras básicas de toda nação, sejam elas republicanas, monarquistas, imperialistas ou ditatoriais, chegaremos ao denominador comum de que necessitamos de qualidade na segurança pública, na saúde pública, na educação pública e na infraestrutura. Segurança, porque, infelizmente, no Brasil, vivemos o império do medo. A população tem sido refém de um sistema criminal reprovável sob todos os aspectos. O narcotráfico mandando e desmandando em cidades de todo os portes, em que pese o esforço governamental para enfrentá-lo. Nosso trânsito é o que mais mata no mundo. Nossas instituições ocupam os primeiros lugares quando o assunto é corrupção. É assim, ou não é?
Ao abordarmos a questão da saúde, veremos que necessitamos de avançar, e avançar muito, em busca de uma qualidade, pelo menos, razoável. Pessoas sem assistência, pessoas morrendo em corredores de hospitais, morrendo de dengue, tuberculose e hanseníase, moléstias, algumas que não existem mais, inclusive, em países africanos. Nossa saúde está doente, está na UTI. Da mesma forma a educação. Os números frios das estatísticas mostram o decréscimo vertiginoso na qualidade do ensino público, em todos os níveis. A sociedade tem de reagir.
Quanto à infraestrutura não é preciso dizer muita cosia. Basta ver a qualidade das estradas, o pavimento das vias públicas, as enchentes, os desmoronamentos, a falta de água e esgoto, o lixo a céu aberto na maioria das cidades. Então, essas dificuldades só se superam com projetos inteligentes, exequíveis e bem elaborados. Projetos que passam, obrigatoriamente, pela esfera política. Se tivermos bons políticos, teremos bons projetos. Da mesma forma, se elegermos políticos descompromissados, com certeza vamos continuar amargando problemas e vícios que nos perseguem há décadas. A nossa hora é agora. A nossa arma é o voto.
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