Os municípios brasileiros, sem exceção, passam por um período de muitas dificuldades no campo financeiro. A culpa é atribuída ao que estabeleceu a Constituição de 1988, que tirou poderes e aumentou responsabilidades às prefeituras. O dinheiro vai para os cofres federais e estaduais. Volta, em minguadas somas, muitas das vezes injustas, tendo em vista o que os municípios geram.
Anápolis não foge à regra. Os sucessivos prefeitos desde então, vêm se queixando do encurtamento do dinheiro, da falta de verbas, da necessidade do pires na mão nas ante-salas de ministérios, governos estaduais, secretarias e outros órgãos. Com o Prefeito Pedro Sahium não é diferente. Já foi até pior, por conta de problemas recentes, desacertos que provocaram uma série de atropelos para a Prefeitura e, muito mais, para a comunidade.
Resta então, exercitar a criatividade. O tempo não pára. O governo não pode parar. O povo espera por mudanças até porque votou pensando em mudanças. Sahium, dentro do possível, tem tentado. Desdobra-se em busca de soluções. Tem de pagar fornecedores, tem de pagar servidores, tem de pagar dívidas de outras administrações. Tem muito o que fazer. Faltam obras importantes, falta cumprir compromissos assumidos em campanha. Mas ainda dá tempo de honrar tais compromissos, e espera-se por isso, pois seu novo governo tem apenas seis meses e meio.
É onde entra (ou deveria entrar) o respaldo político. Embora conte com uma equipe de pessoas honestas, capazes, diligentes, a verdade tem de ser dita. Falta a Sahium, um secretariado com brilho político. Gente que o ajude a resolver problemas. Não existe nada de pessoal. É uma questão de equipe. É cada vez mais freqüente a crítica de que Sahium anda sozinho, sem o acompanhamento de sua equipe. É cada vez mais freqüente, se ouvir aqui e acolá, que o prefeito poderia ser melhor assessorado. Só não ouve quem não pode ouvir, ou não quer ouvir.
Sahium é um político ascendente em âmbito estadual. Tem o carisma, tem a competência e tem a cultura para isto. Falta-lhe o suporte. Falta-lhe gente para organizar melhor a sua agenda, oferecer maior sustentação política, gente para apontar caminhos seguros na política municipal e regional. Afinal de contas, falta gente para dar o brilho político no governo que, administrativamente dá sinais de que vai bem.
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