A iniciativa ainda que um pouco tímida da Prefeitura de Anápolis em reordenar o trânsito na região central, já é um bom começo. Do jeito que está não pode ficar. Todo mês, nada menos que 500 veículos são acrescidos à frota que roda por aí. Já são quase 140 mil veículos, que ainda têm de disputar espaço com carroças, catadores de papel, caçambas de entulho e outro obstáculos. Não é fácil. As ruas continuam as mesmas, em largura, em comprimento e em dificuldade. Isto é próprio das cidades que nasceram e cresceram sem planejamento.
O que fazer? Sugestões brotam aos montes. Já se fala até no rodízio – carros com placa par em um dia, placa ímpar no outro – a exemplo que acontece em São Paulo. Em pouco tempo se pensará nisso com mais seriedade. Outros querem viadutos, pontes, túneis. Mas, e o dinheiro para fazer isso? Falam, também, na criação de corredores próprios para os coletivos e para as motocicletas. As ruas comportam?
Já há os que pretendem tirar os ônibus da região central, acabar com o terminal rodoviário urbano, usar a Estação Rodoviária para ponto principal dos coletivos. Só que não combinaram nada disso com os usuários. Quem quer ir ao banco, por exemplo, se contentaria em descer na Rodoviária e fazer o restante do trajeto a pé? E se tiraremos ônibus da região central, como é que os cerca de 130 mil passageiros que utilizam o transporte coletivo nos dias úteis vão se comportar?
A iniciativa da Prefeitura de acabar com o estacionamento da Rua Barão do Rio Branco, estabelecer área azul aos sábados, instalar mais semáforos, mais lombadas e outras providências, é apenas paliativo. O que precisa acontecer é a definição de um plano diretor para o trânsito de Anápolis. E quanto mais cedo, melhor.
O certo é que não convém deixar que ocorra com Anápolis o que se registrou na maioria das cidades brasileiras. As coisas foram acontecendo, as providências nunca eram tomadas e o trânsito, na quase totalidade delas, ficou impraticável. Não adianta multar, não adianta punir. Se não houver a conscientização de todos, a busca de um projeto sensato, o trânsito vai continuar sendo “um inferno”, com o perdão da má palavra.
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Samuel Vieira É… quem diria. A felicidade tem sido algo tão escasso, a insatisfação, estresse e descontentamento tão presentes, que...