Ano que vem Anápolis completa seu primeiro centenário. Pode-se dizer que é uma jovem cidade. Há, em Goiás, dezenas de municípios bem mais antigos que Anápolis. Nenhum deles, entretanto, com a força sócio/econômica e cultural que emana desta cidade de quase um século. É uma bela história, contada com a saga de muitas famílias, gente que acreditou, e acredita, nesta cidade. Gente que veio de longe, até de outros países, aqui fincando suas estacas, acomodando seus entes queridos e fixando suas atividades produtivas.
Anápolis tem, indiscutivelmente, seu nome inscrito na conquista do interior brasileiro. Desde o século XIX há marcos históricos indiscutíveis, da grande participação dos anapolinos no comércio, na produção rural, no fomento às primeiras indústrias, nas propostas avançadas no campo da educação e da cultura. No Centenário de Anápolis muito disso poderá ser lembrado.
A pergunta que fica, entretanto é: materialmente, o que teremos para mostrar. Aonde estão os marcos históricos de Anápolis? O casario dos anos 1930 e 1940, as ruas de paralelepípedo, as igrejas (católicas e evangélicas) hoje totalmente remodeladas, com arquitetura moderna, sofisticada. Como é que as futuras gerações poderão visualizar a história desta importante cidade?
Do que se sabe, ainda restam alguns poucos elementos da Anápolis destes idos. Casas que poderiam, em nome do patrimônio histórico e cultural, ser catalogadas como de interesse público. Há alguns sinais da Anápolis antiga, como as estações ferroviárias (centro, Castilhos, General Curado) e uma série de outros pontos e objetos que mereceriam uma atenção especial do poder público.
Fica a sugestão: muito embora Anápolis seja uma cidade cosmopolita, progressista, evoluída, ela há de ter uma história. E que esta história não se resuma somente aos livros, às fotografias. As gerações que estão por vir, certamente terão o direito de tocar, conhecer de perto, coisas importantes da Anápolis antiga. Um povo sem memória, é um povo sem história. É dever de todos nós, a preservação e o resgate de tudo o que disser respeito à evolução histórica de Anápolis. As futuras gerações, certamente, agradecerão.
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