Os frades franciscanos, seguindo a ordem de São Francisco de Assis, se espalharam pelo mundo para pregar o Evangelho. Onde chegavam, construíam uma igreja, uma escola, uma casa e, depois, um convento. Em Goiás, se fixaram em Anápolis e daqui se espalharam por algumas cidades como Catalão; Pires do Rio; Ipameri; Jataí; Quirinópolis; Cristalândia; Araguacema; Porangatu, Goiânia e outras. Em Anápolis tiveram, e têm, presença marcante desde a sua chegada, na década de 40, mais precisamente em 1943. Foram eles que começaram tudo que há por aqui e nas cidades mencionadas. Primeiramente, criaram o convento Santana; depois o Colégio São Francisco. E, com a chegada das freiras, implantaram a Escola Paroquial Santo Antonio e o Convento Mãe Admirável. O Seminário Regina Minorum deu formação aos primeiros sacerdotes franciscanos brasileiros, que aqui recebiam os primeiros ensinamentos e depois partiam para Agudos SP e outras cidades onde se formavam padres.
È marcante a presença desses frades na cidade de Anápolis influenciando na sociedade através, principalmente, da educação. O Colégio São Francisco era uma referência estadual, não só na educação, como nos esportes com times de futebol, conquistando vários campeonatos locais e regionais. A fanfarra do Colégio São Francisco despertava aplausos por onde passava. Era uma verdadeira banda marcial. Era a sensação dos desfiles comemorativos em várias ocasiões. Na Saúde e na Assistência Social prestam grande serviço. Um exemplo é a Santa Casa de Misericórdia em Anápolis. Na comunicação, com três emissoras de rádio, sendo duas em Anápolis e uma em Catalão.
Pelas mãos desses abnegados frades, professores, educadores e formadores de consciência, passaram milhares de alunos que se tornaram homens competentes nas várias profissões como médicos, dentistas, contadores, advogados, engenheiros, professores e profissionais liberais em todas as áreas. Políticos que fazem nome, como o nosso atual prefeito Incontáveis valores que fizeram e fazem nome por todo esse território brasileiro e até no exterior. Feliz de quem teve a graça de estudar com os frades franciscanos, como eu, que fui aluno, seminarista e professor no Colégio São Francisco. Os conheci, primeiramente, em Catalão, depois aqui em Anápolis. Feliz de quem trabalhou para esses frades franciscanos nas obras, nas escolas, nas igrejas. Feliz de quem prestou qualquer serviço por mais simples que seja para os frades e freiras franciscanos. Um exemplo de disciplina e retidão.
Tive a graça de conhecer alguns dos primeiros americanos que aqui chegaram. Lembro-me de alguns que passo a denominar: Celso; Winfrid; Jaime; Dunster; Domingos; Inácio; Pedro; Brandão; Silvestre; Alexandre; Chicão; João Batista Vogel; José; Mauricio; Conal; Edmundo; Sulivan; Cristóvão; Benedito; Bernardo; Beraldo; Tiago; André Quinn; João José; Mário, Carlos e outros. Ainda me lembro da feição de cada um.
É uma pena que todos esses já se foram para junto do irmão Francisco. O último que faleceu foi frei Tiago na semana passada. Restam ainda alguns aqui no Estado de Goiás que são: Davi, Thomaz, Beraldo (Beraldinho), Juvenal, Paulo………Os últimos dos americanos.
Aqui deixam as sementes que plantaram: alunos, professores e, principalmente, os frades brasileiros que hoje tomam conta desse verdadeiro patrimônio franciscano, espalhados por todo esse Estado de Goiás, Tocantins e Distrito Federal A entidade maior dos franciscanos é sediada em Anápolis com o nome de Província do Santíssimo Nome de Jesus do Brasil. Só temos que reconhecer o seu valor e agradecê-los. Anápolis, Goiás e o Brasil devem muito a eles.
PAZ E BEM.
Castro Alves é Bel. em Direito e Publicitário