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Sobre tragédias e negligência

de Elias Hanna
2 de dezembro de 2016
em Opinião
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Sim, somos todos Chape! Desde há muito nos cobrimos com o manto alviverde sagrado dos rincões catarinenses; sabemos de cor e salteado a história do time, suas conquistas e glórias; sabemos escalar o time do goleiro ao ponta esquerda. Sabemos tudo sobre futebol, aviões, plano de vôo, combustíveis, Colômbia, Medelín.
Sim, todos choramos… Não se morre impunemente à beira do Olimpo. Não era um time qualquer, não era um dos grandes do futebol. Era, ao contrário, um daqueles times que, ocasionalmente, raramente, se infiltram entre os grandes. E, isto, a possibilidade de ousar, sonhar, ser grande é que nos fascina na Chape.
Morrer faz parte da vida, já muitos disseram. Mas, morrer diante da possibilidade da glória, somente poucos. Quando o avião se chocou com as montanhas colombianas, não só o sonho da Chape se foi. Também, muitos dos nossos sonhos despedaçaram-se. Ali não somente morreram os atletas, heróis da pequena equipe do interior. Morreu parte da esperança, muito do entusiasmo.
Muitos dos jogadores da Chape já se encontravam em ´fim de carreira´, mais de trinta anos, muitas desilusões. Já haviam passado por muitas equipes, rejeitados por outras tantas e, aí, reside a magia, o encanto: saber que seria possível, mesmo quando ninguém mais acreditava, conquistar a América, descobrir o mundo. Muito cruel!
Trazemos a morte no coração, a morte de um amigo, de um parente é como uma amputação, é como se perdêssemos uma parte do corpo. Mas e, neste caso, quando não conhecíamos, não convivíamos com as vitimas desta tragédia? Por que sofremos tanto, por que nosso coração sente tanto? Mais uma vez, porque também queríamos ganhar, conquistar a América, mostrar que podemos destruir nossos moinhos. É como se, de repente, e covardemente, descobríssemos que não somente os conhecidos, aqueles que amamos morrem. Também, os estranhos morrem e, acreditem, também nos fazem sofrer a dor da separação.
Duro, muito cruel, perceber que nada desperta mais nossos sentimentos que a morte, a ausência da vida. Depois da morte ensina-nos Camus: ´A homenagem surge, então, muito naturalmente, essa mesma homenagem que, talvez eles tivessem esperado de nós, durante a vida inteira. Mas, sabe por que nós somos, sempre, mais justos e mais generosos para com os mortos? A razão é simples! Para com eles, já não há deveres.
Pior quando se descobre que a morte é fruto da negligência, da ganância de alguns poucos que, na ânsia do ganho fácil, apressaram a destruição, não só da possibilidade da conquista de um campeonato. Ceifaram a conquista da glória, da Chape, seus jogadores, sua torcida e, por que não dizer, de todos nós.

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