Todo final de ano é a mesma coisa. Torcemos, sempre, para que o próximo ano seja melhor. Vivemos, sempre, acreditando que o melhor está por vir.
Todos torcemos para que tenhamos paz, saúde e muito dinheiro no bolso. Proponho sermos um pouco mais criativos no próximo ano. Que tal planejarmos ser mais felizes? Fazer coisas diferentes, ou, coisas que o tempo tornou diferentes.
Em 2010 vamos sair do discurso para a prática. Que tal, efetivamente, plantar árvores e tornar o mundo mais sustentável? Que tal acordar mais cedo, mas sem a necessidade de um despertador? Aliás, destruamos os despertadores. No próximo ano deixemos a promessa de emagrecer a qualquer custo de lado e comamos sem culpa. Por falar em comer, que tal, em 2010, voltarmos a chupar jabuticabas no pé e, ter tempo para procurar gabiroba e cajuzinho no mato?
Sonho para o próximo ano muito mais que um hexa, talvez um campeonato para a Rubra, nossa Xata. Porém, seria mais importante, ainda, se voltássemos a jogar futebol no meio da rua, debaixo de chuva, chutar a bola no último minuto e fazer o gol do título.
No ano que vem, quero ler mais, ir ao cinema, rever os amigos, assistir a um inimaginável show de Chico, estrelar um filme, sonhar, me levar menos a sério, ter tempo para abrir a janela e contemplar a lua.
Quero roubar todos os poemas de Fernando Pessoa e Mario Quintana e, sorrateiramente, registrá-los em meu nome e, assim, publicar meu primeiro livro de poemas.
Em 2010, quem sabe, tenhamos mais tempo para conversar com nossos filhos, nossos pais, dar um abraço forte e gostoso na mãe e em cada filho, talvez fazê-los entender que são cada vez mais importantes.
No próximo ano vamos viajar, seja para a praia, montanha, ou seja, tão somente, na imaginação.
Em 2010 quero ter tempo para a mulher amada, ouvir e ser ouvido, ir juntos para a cozinha, saborear um bom vinho, beijar e ser beijado, namorar muito, amar e ser amado.
Passado, presente, futuro!
O ano que chega, como reza a tradição, é um convite à reflexão acerca daquilo que passamos no ano anterior...