Não há para onde correr. Somos, todos, vítimas de um sistema cruel, desumano e imprevisível. Sejamos ricos, remediados, pobres, ou, miseráveis. De forma geral, estamos sentindo os rigores de um ciclo danoso às economias de todos os tamanhos. Quem tem muito dinheiro está perdendo muito dinheiro. Quem tem pouco, perde muito do pouco que tem. A crise mundial, agravada com a pandemia da covid-19 pegou a todos de surpresa e continua causando graves estragos nas finanças.
No Brasil, somam-se quase 14 milhões de desempregados. Seria o fim? Claro que não. Enquanto houver vida, haverá esperança. Afinal, a humanidade já enfrentou catástrofes semelhantes. Desta vez, não será diferente. O que precisa haver é criatividade, trabalho e motivação.
De nada vai adiantar o lamento pelos escorchantes e repetitivos aumentos nos preços dos combustíveis. Esses preços não vão diminuir. Da mesma forma, de nada vai valer reclamar dos impostos municipais, estaduais e federais. Todos têm de pagar. O nome já diz: imposto, imposição. Ou paga, ou, paga. São estas as regras do jogo. Também pouco, ou, quase nada, resolve retornar do supermercado com o bolso mais vazio, com menos mercadorias na sacola. Os preços subiram, mas, os salários e os ganhos, nem tanto.
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Mas, é a lei da sobrevivência. O pai de família tem de levar o alimento para os filhos. O salário há de ser esticado, mais do que já o é, para a difícil travessia do mês, sob pena de ver sua gente passar por privações, constrangimentos, falta do básico: arroz e feijão na panela; luz e água ligadas, dinheiro para o transporte e algumas coisinhas mais. Não está fácil pra ninguém. Nem mesmo os mais abastados estão livres desse inconveniente mal. Quem tem muito, que cuide do que é seu. Quem não tem, o remédio é correr atrás.
Então, não há solução? Sim, há solução. E ela passa pelas mudanças de conceitos. A ordem geral é economizar. Gastar, somente, o necessário e procurar aumentar a renda, cortarem-se os supérfluos, os desnecessários e focar no que é mais urgente. Regra geral: gastar menos do que se ganha, mesmo que este ganho seja pequeno. Há sempre um jeito de economizar. Depende da criatividade de cada um. Os tempos são bicudos e, enquanto esta tempestade não passar (se é que vai passar), que cada um cuide de sua sobrevivência.
Gastar menos água e energia; andar menos de carro ou moto; diminuir a frequência a locais de lazer e entretenimento, buscar uma renda extra, mesmo que em pequenas atividades e, acima de tudo, parcimônia no gasto do salário cada vez mais curto, por sinal. Pesquisar preços, trocar produtos de marcas conceituadas por genéricos ou similares. Valorizar cada moeda que vier no troco e, principalmente, não se endividar. Se agirmos assim, estaremos dando um bom passo na nossa educação financeira. A não ser, que tenhamos dinheiro sobrando. Aí, a conversa é outra…