No encaminhamento para a data limite das campanhas eleitorais e, consequentemente, a votação para os cargos de Presidente da República, senadores, governadores de estado, deputados federais, estaduais e distritais, ainda há muito a se considerar. Trata-se de uma corrida frenética e desejada por todos os candidatos. O eleitor, em geral, acompanha as estratégias dos postulantes em suas publicidades, no horário gratuito de TV e rádio e, ultimamente, nas redes sociais, onde são apresentados seus planos de governo, suas propostas e metas para os próximos quatro anos de administração pública.
E, cada vez mais politizado, este eleitor tem visto, nesses últimos dias, uma queda de todos em quererem denegrir a imagem dos adversários, com informações negativas e resgatadas do passado. Perde-se, com isso, um precioso tempo em que poderiam esclarecerem os planos de governo e sua aplicação prática na administração. Os dias passam e o 02 de outubro que, até então, parecia distante, está logo ali, a pouco dias da decisão final de cada votante. O tempo é curto, mas, ainda, possibilita uma revisão de valores, uma discussão mais aprofundada sobre o que de fato queremos e o que de fato esperamos dos senhores e senhoras candidatos e candidatas.
Rubens Otoni tem avaliação máxima do Índice Legisla Brasil
Os mais conscientes trazem a reflexão sobre o valor do voto. Não se trata, obviamente, de assunto recorrente. Quanto ao mais, torna-se imperioso que cada cidadão/eleitor se conscientize da importância e do valor de uma escolha política. O Brasil tem passado por grandes dificuldades pela falta de lideranças genuínas, mais comprometidas com a realidade dos fatos. Embora seja um país rico, cheio de maravilhas naturais, com extensão territorial privilegiada, sem contar, suas riquezas naturais, ainda há muito a conquistar. Somos uma importante economia mundial, mas, poderíamos estar bem melhor, desde que tenhamos uma proposta política alicerçada, com base em projetos e propósitos bem definidos.
Com um povo cordial e que busca, todos os dias, viver uma vida melhor, com expectativa de desfrutar de grandes coisas na sociedade, no entanto, infelizmente, muitos de entre os brasileiros permanecem amarrados ao sentimento de dependência, de desvalorização. Por isso, continuam a assumir o papel de vítimas e ficarem acomodados ao que acontece. Em resumo, perdem o foco. Assim sendo, esquecem-se de que possuem direitos e poder de transformarem e mudarem a sociedade.
Assim, na avalição dos que assim pensam, as eleições e a obrigação de votar são mais uma carga e um desperdício, porque perderam o entendimento de que com as eleições, e o voto, abre-se a oportunidade de cada um mudar para sempre o rumo de uma nação. Inconcebível é admitir que com todos os avanços sociais, culturais e tecnológicos, grande parte dos cidadãos, ainda, de forma retrógrada, descaracteriza o verdadeiro sentido da livre escolha de seus representantes e faz do processo eleitoral um mero compromisso dotado de superficialidade. O que não corresponde ao que realmente é.