Este já é o quinto resultado negativo seguido e está na contramão do que vem ocorrendo em nível nacional
Em janeiro de 2021, a produção industrial goiana teve um decréscimo de 0,5% frente a dezembro de 2020 (série com ajuste sazonal), sendo o quinto resultado negativo seguido. Já a produção industrial nacional teve um acréscimo de 0,4% na mesma base de comparação, sendo o nono mês seguido de crescimento. Na comparação com janeiro de 2020, a indústria goiana recuou 9,3%, sendo a quarta queda após cinco meses consecutivos de crescimento e o pior resultado desde maio de 2018 (-14,0%). Já a indústria nacional avançou 2,0%, sendo o quinto resultado positivo.
Para explicar a queda de 9,3% da produção industrial goiana em janeiro de 2021 em comparação com mesmo mês de 2020, investiga-se as atividades que compõem a indústria goiana. As atividades que tiveram maior recuo foram a fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (59,5%), sendo o 11ºresultado negativo seguido; a fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-23,5%), setor que apresenta o quarto mês de queda consecutivo; e a fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (-13,2%). Os produtos que tiveram mais influência para o encolhimento dessas atividades foram automóveis com motor a gasolina, álcool ou bicombustível; medicamentos e latas de ferro e aço para embalagem de produtos diversos respectivamente.
Crescimento
Por outro lado, as atividades que apresentaram crescimento de produção foram apenas a fabricação de outros produtos químicos (14,5%), sendo o terceiro aumento consecutivo; e a fabricação de produtos de minerais não-metálicos (11,2%), sendo o sexto crescimento seguido. Os produtos que tiveram mais influência para a aumento dessa atividade foram adubos ou fertilizantes com fósforo e potássio e cimentos “Portland” respectivamente.
A produção industrial caiu em oito dos 15 locais pesquisados pelo IBGE em janeiro de 2021, frente a dezembro do ano passado. As maiores quedas atingem Espírito Santo (-13,4%) e Amazonas (11,8%), sendo que o Amazonas é a maior influência negativa sobre o índice nacional. Esta é a segunda taxa negativa consecutiva para o estado com uma queda acumulada de 16,3%. Em janeiro, a queda deve-se ao desempenho negativo dos setores de derivados do petróleo e de outros equipamentos de transporte. Goiás, ao lado de Minas Gerais, apresentou a menor queda entre os locais pesquisados com variação negativa.
Nacional
O avanço de 0,4% da atividade industrial nacional foi puxado pelo bom desempenho do setor de veículos automotores de São Paulo, principal influência positiva. Pará (4,4%), Pernambuco (3,6%) e Rio de Janeiro (2,9%) assinalaram os avanços mais acentuados. Pará registrou o segundo mês seguido de crescimento na produção e acumulou, nesse período, ganho de 9,7%. Pernambuco eliminou parte das perdas registradas em dezembro (-3,0%) e novembro de 2020 (-0,6%). E Rio de Janeiro acumulou expansão de 3,2% em três meses consecutivos de resultados positivos. Rio de Grande do Sul (1,9%), Paraná (1,5%), São Paulo (1,1%) e Santa Catarina (1,0%) completaram o conjunto de locais com crescimento na produção em janeiro de 2021.
Sobre a PIM-PF A Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) gera indicadores de produção mês a mês para as indústrias extrativa e de transformação. As informações nos permitem analisar o nível da produção ao longo do tempo para uma mesma Unidade da Federação ou entre Unidades da Federação, em diferentes setores de atividade. (Fonte: IBGE)