Muita gente estranhou, na noite de terça-feira, 11, quando o Advogado Geral da União, Ministro André Luiz de Almeida Mendonça chegou, pontualmente, à sede da UniEVANGÉLICA para ministrar a aula magna do Curso de Direito. Trata-se de uma das mais respeitadas e importantes figuras do mundo jurídico nacional, com agenda superlotada e com compromissos, os mais sérios no Brasil. Mesmo assim, deixou seu gabinete, em Brasília e veio saldar o trato assumido. Claro que, muitos, não tiveram o prazer de saborearem a aula, justamente porque chegaram atrasados.
Nem seria necessário dizer que a pontualidade é um dos pressupostos básicos das boas maneiras e estabelece, cada vez mais, o diferencial de comportamento para aqueles que se destacam no mundo corporativo. Também, na vida social, passou a ser atributo mais que imprescindível. Mesmo assim, como se fosse uma cultura nacional obrigatória, nós, os brasileiros, insistimos em chegar atrasados aos nossos compromissos. Somos retardatários em agendas profissionais, sociais, esportivas e afins. Como também, as autoridades o são nas solenidades oficiais, como os noivos no dia do casamento, os candidatos no dia do vestibular, no dia do concurso. A TV mostra, constantemente, postulantes esbaforidos tentando chegar ao portão de entrada. E, por incrível que possa parecer, uma das coisas que têm ocorrido com certa pontualidade no Brasil é jogo de futebol. Os que são transmitidos pela TV. E, há uma explicação para isso: Eles são vendidos para outros países e em muitos deles, respeitam-se os horários.
Uma coisa é certa: respeitar o tempo das pessoas é uma marca dos bem educados. Nenhuma desculpa, ou justificativa, atenua o mal-estar causado por um retardatário. Pontualidade é fundamental no mundo dos negócios, pois nele o indivíduo representa toda uma corporação, e os seus atrasos afetam não só a sua própria imagem, como a da empresa onde trabalha. Sem contar que os retardatários perdem grandes oportunidades de realizarem projetos tidos como extremamente importantes para suas vidas. E, na sabedoria árabe, diz-se que três coisas não voltam: a flecha lançada, a palavra dita e a oportunidade perdida.
A notória impontualidade dos brasileiros faz com que sejamos campeões de perdas: de dinheiro, de oportunidades, de negócios, de investimentos, de confiança e, acima de tudo, de competitividade. Em muitos casos, o resultado de desprezar a pontualidade acarreta para as empresas brasileiras os fantasmas da qualidade comprometida, prazos e compromissos ignorados, e produtos e serviços desacreditados. É assim, mas, dá pra mudar. Basta querer…
Falou tudo Wander Lucio. Infelizmente as pessoas as pessoas se esqueceram de honrar eles mesmos, caindo aí nesta falta de compromisso com o seu próprio tempo.
Obrigada,
Ótimo trabalho.
Parabéns ao Jornalista Vanderlucio e a todos do Jornal O Contexto por essa brilhante matéria. Nos fez refletir acerca de um comportamento tido como normal por muitos, mas, extremamente prejudicial.