O governador Alcides Rodrigues, durante sua visita a Anápolis na noite da última quarta-feira, 25, descartou qualquer possibilidade de o PSDB ser incluído nas conversas para a articulação do bloco político que vem sendo costurado pelo seu partido, o PP, juntamente com o DEM, PR, PSB e PTN, como alternativa a uma possível polarização entre o senador tucano Marconi Perillo e o prefeito de Goiânia, Iris Rezende, do PMDB.
Alcides Rodrigues não quis polemizar, ao ser questionado sobre o assunto pela imprensa local. Justificou, apenas, que essa decisão foi tomada em razão de o PSDB ter movido ações contra ele próprio, o presidente Lula e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles por haverem participado de eventos em Anápolis e em Goiânia, no dia 13 de agosto passado. “Sentimos-nos atingidos”, ressaltou.
O Governador, também, não descartou a possibilidade de o PP ser cabeça de chapa da aliança. Mas, não deu pista de nenhum nome. Afirmou que se o PP não tiver candidato próprio, apóia outros nomes da coligação. Da mesma forma, não sinalizou a quem daria o apoio. A idéia é amadurecer o assunto até fevereiro ou março do ano que vem. Até lá, a sucessão estadual segue como está: sem maiores novidades. E aguardando a movimentação do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.
De outra ponta, o deputado Rubens Otoni, do PT, não tem dispensado elogios ao governador Alcides Rodrigues, que, segundo ele, tem sido um grande parceiro de Anápolis, na administração de seu irmão, o também petista Antônio Gomide. Obviamente que o bom relacionamento administrativo é sempre uma via larga para o entendimento político. Além do que, Alcides Rodrigues tem, também, buscado proximidade com o Palácio do Planalto, sabendo que o presidente Lula acompanha com grande interesse a política goiana.
As declarações de Alcides Rodrigues, entretanto, vieram confirmar o que muita gente já sabia: a Base Aliada (coligação que elegeu Marconi Perillo duas vezes e Alcides Rodrigues uma vez), de fato, desintegrou. Pelo menos, é o que parece. Como “muita água ainda vai passar por debaixo da ponte”, surpresas podem acontecer. E o eleitor precisa se acostumar com o fato de que política não é uma ciência exata como a matemática. Ela é abstrata, como a filosofia. Há, sempre, uma interrogação e um novo caminho a ser percorrido.
“Sigo em frente”, diz vereador Reamilton do Autismo, sobre vitória na Justiça
O vereador Reamilton do Autismo (Podemos) ocupou a tribuna da Câmara Municipal de Anápolis para comemorar a vitória com a...