O prefeito Roberto Naves confirmou, na manhã desta segunda-feira, 1º/03, durante entrevista à Rádio Manchester, que o Município está realizando contatos com vistas à aquisição de vacinas. O que, segundo ele, não é uma tarefa fácil, porque, hoje, a corrida por imunizantes tem escala mundial.
De acordo com o chefe do Executivo, já foi feita uma carta de intenções com um representante da Sputnik V, produzida no Brasil pela farmacêutica União Química.
A vacina russa apresentou eficácia superior a 91% e bom funcionamento nas pessoas acima de 60 anos. Entretanto, o imunizante ainda não recebeu a liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mesmo para uso em caráter emergencial. O que, entretanto, não compromete as tratativas para uma eventual compra.
Por outro lado, Roberto Naves informou que laboratórios estão ajudando a fazer ponte para possíveis negociações para compra de vacinas da Pfizer e da Oxford/AstraZeneca. Esta última liberada para uso emergencial no País. A vacina do laboratório Pfizer/Biontech, por sua vez, foi a primeira a receber o registro definitivo por parte da Anvisa.
Vacinação
O prefeito considera que Anápolis tem avançado com a vacinação, mas, reconhece que ainda é lenta a chegada de novas remessas de imunizantes e, por isso, é necessário manter o cadastro através do Zap da Vacina, para que haja um controle das doses disponíveis e as pessoas a serem vacinadas.
O Município já vacinou os profissionais da linha de frente da saúde, bem como os idosos institucionalizados, ou seja, aqueles que vivem em abrigos e, neste domingo, iniciou a imunização da população com 75 anos de idade acima, ao mesmo tempo em que ministra a segunda dose para os que já receberam a primeira dose.
Prevenção e fiscalização
Roberto Naves considera que o momento atual da pandemia é “complicado”, com o agravante de surgimento de novas cepas do vírus, que têm uma capacidade maior de transmissão.
Durante o fim de semana, o chefe do Executivo anunciou a compra de 10 novos leitos de UTI junto à Santa Casa de Misericórdia, o que fez com que a matriz de risco continuasse no nível moderado, evitando o lockdown, que seria um nível maior de restrições para as atividades econômicas e sociais.
No entanto, asseverou que não há como adquiri mais leitos dessa natureza, porque não há pessoal disponível. Portanto, recomendou que a população reforce as medidas de prevenção com o uso de máscara, álcool em gel e com o distanciamento, a fim de que o Município possa evitar o colapso no atendimento e possa preservar o maior número possível de vidas.
Roberto Naves reconhece a dificuldade com a fiscalização, porque não há pessoal suficiente tanto de parte da Prefeitura como, também, da Polícia Militar, cujo efetivo tem de ser empregado para a segurança e o combate à criminalidade.
“O melhor fiscal nesse momento é a consciência de cada um”, ressaltou, acrescentando que cada um deve fazer um exame de consciência sobre “o respeito com a doença e com a vida”.