A decisão do ex-prefeito e ex-deputado federal Adhemar Santillo (PMDB) em se colocar como pré-candidato ao Senado da República remete para o passado político do município, enfocando procedimentos iguais, muitos deles resultantes de vitória dos que assim procederam. Em época mais remota, José Lourenço Dias, embora natural de Pirenópolis, fez carreira política em Anápolis e foi guindado ao posto, se tornando, naquela ocasião, em um dos mais influentes políticos da história.
Depois disso, houve um longo hiato, somente quebrado quando das eleições de Onofre Quinan e Henrique Santillo, ambos do PMDB, que passaram oito anos no Congresso Nacional. Isso sem contar a participação de Max Lânio Gonzaga Jaime, primeiro suplente de Iram Saraiva, que também teve a oportunidade de assumir o cargo de senador por um longo período. Igualmente Anápolis pode se inserir como cidade “fornecedora” de candidatos ao Senado, levando-se em consideração que Irapuan Costa Júnior, que representou Goiás na chamada Câmara Alta, iniciou sua carreira política justamente neste município, quando assumiu a Prefeitura como interventor do Estado, depois da cassação de José Batista Júnior, isto em 1973. Da Prefeitura de Anápolis ele assumiu o Governo do Estado, depois a senadoria.
Também foram candidatos a senador representando Anápolis, o advogado Vicente de Paula Alencar (PMDB) e o médico Pedro Canedo (à época no PFL) que obteve expressiva votação, quase chegando a se eleger para o cargo. Isto, sem contar que a ex-primeira dama Sandra Melon, eleita, em 2000, primeira suplente do senador Demóstenes Torres (DEM) tem, hipoteticamente, a oportunidade de assumir o cargo em qualquer eventualidade. Para este ano, além de Adhemar Santillo, fala-se na possibilidade de uma candidatura de Rubens Otoni (PT) que, a princípio seria candidato a Governador, mas que, dentro da composição da base de apoio ao Presidente Lula, poderia optar para concorrer ao Senado.
Em se confirmando, pelo menos em parte, esta possibilidade, Anápolis vai estar, de novo, no foco das decisões políticas em termos da formação de chapas majoritárias. O Município, com mais de 119 mil eleitores teria, hipoteticamente, estrutura e perfil políticos suficientes para buscar esta possibilidade.
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