Sistema começou a ser implantado em 2009. Mas furtos de fiação elétrica sempre impediram o funcionamento pleno da iluminação viária
No dia 28 de setembro de 2009, era realizada em Anápolis a solenidade de lançamento da obra para a implantação do sistema de iluminação no trecho de 12 quilômetros da BR-153, situado entre o o viaduto Miguel Moreira Braga, na saída para Brasília, até o viaduto Fernando Costa, na região da Vila Jaiara.
O referido trecho faz parte do contorno viário de Anápolis, resultado de um trabalho feito na época pelo deputado federal, que também atuou para que o trecho do contorno viário pudesse ter a iluminação, trazendo mais segurança aos usuários da rodovia.
Aquela solenidade teve, na época, a presença do então prefeito Antônio Gomide e do então superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT), Alfredo Soubihe Neto.
Até aí, tudo bem. A obra foi lançada e realizada conforme a sua programação. Ocorre que problemas alheios à vontade dos políticos e gestores, fizeram com que essa iluminação não durasse muito, como não durou.
De 2009 para cá, foram muitas intercorrências. A principal e a pior delas, os furtos constantes na fiação elétrica, inviabilizando o funcionamento do equipamento público.
Problemas dessa natureza se agravam em se tratando um ente público, devido aos trâmites burocráticos que um serviço de manutenção exige.
Assim, o problema veio se arrastando ao longo dos anos. E aquilo que lá atrás era motivo de comemoração virou dor de cabeça.
Em 2021, o Governo Federal, através da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), aprovou o edital de concessão das rodovias BR-153/414/080/TO/GO.
A concessão foi a leilão na B3, em São Paulo.
No dia 1º de outubro de 2021, a ANTT e a concessionária Ecovias do Araguaia, nova unidade da EcoRodovias em consórcio com a GLP, assinaram o contrato de concessão de 850,7 quilômetros de trechos que incluem as rodovias BR-153/TO/GO, uma das principais ligações entre o Meio-Norte e o Centro-Sul do país, e BR-080/414/GO.
A concessão prevê, nos 35 anos de exploração, investimentos de cerca de R$ 7,8 bilhões em obras e cerca de R$ 6,2 bilhões em serviços/custos operacionais.
Dentro dessa importante malha viária e num verdadeiro “oceano” de investimentos, está aquele pequeno trecho de 12 Km que carece e está à espera pela reativação do sistema de iluminação.
Recentemente, o servidor público Adriano Garcez encaminhou junto à Ouvidoria da Ecovias do Araguaia, um questionamento acerca da responsabilidade sobre a iluminação do trecho em questão.
A resposta
A ouvidoria da Ecovias do Araguaia, atendendo ao questionamento, trouxe a seguinte (e boa) resposta: Com relação à dúvida quanto à responsabilidade da iluminação do trecho (trevo da Havan no Município de Anápolis até o Sindicato Rural), a concessionária informa que a revitalização desse trecho será realizada ainda este ano”.
Assim, uma luz no fim do túnel finalmente se acende para resolver um problema antigo. É o que o cidadão que paga impostos e paga pedágio espera, ou seja, que os equipamentos públicos estejam à disposição, funcionando e cumprindo com o seu papel. Neste caso, a segurança de milhares de pessoas que transitam na rodovia.
