A China derrubou, nesta quarta (15), o embargo a importação da carne bovina brasileira. A Abrafrigo (Associação Brasileira de Frigoríficos) já recebeu a confirmação do retorno de negócios entre os países na área por parte do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
A queda da proibição vale já a partir desta quarta, mas os produtos referentes a contratos fechados na época que ainda não tinham sido embarcados e que foram estocados, sem serem direcionados ao mercado interno, não serão aceitos. Segundo a Abrafrigo, a China estipulou que o CSI (Certificado Sanitário Internacional) precisa ter a data a partir de 15 de dezembro para o produto entrar no país.
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A exportação de carne à China está suspensa desde setembro. O país é o principal comprador da carne bovina brasileira. O motivo para o embargo foi a identificação de casos atípicos de EBB (Encefalopatia Espongiforme Bovina) —conhecida como o “mal da vaca louca”.
Uma avaliação da OIE (Organização Mundial de Saúde Animal), realizada em setembro, concluiu que os casos de “mal da vaca louca” no Brasil não representam riscos para a saúde animal e humana. Foram identificados 2 casos da doença na carne de 2 frigoríficos, 1 em Belo Horizonte (MG) e outro em Nova Canaã do Norte (MT). De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o caso de EEB atípico ocorre de maneira espontânea e esporádica e não está relacionado à ingestão de alimentos contaminados.
Em novembro, as exportações de carne bovina caíram 47%, na comparação com o mesmo período de 2020. A queda foi uma consequência direta do embargo chinês ao produto. Já no acumulado do ano, as exportações de carne bovina registraram aumento de 10% na receita, que até novembro movimentou US$8,5 bilhões. A alta está relacionada à elevação dos preços do produto no mercado internacional.
(Com informações do Poder360)