O Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil (23 de novembro) é considerado uma data para a reflexão sobre a doença. Em Anápolis, a Câmara Municipal, por iniciativa da vereadora Dinamélia Rabelo (PT), realizou uma sessão especial, antecipando a data, reunindo vários profissionais que atuam com a prevenção e o tratamento da doença, com o objetivo de debater o tema.
Conforme a vereadora, que é médica, a garantia de debates sobre temas relacionados a saúde em todo município é extremamente importante. Segundo ela, a reunião de pessoas ligadas à temática serve como fonte de informação. “Até hoje existem pacientes que sentem medo do diagnóstico do câncer. É o maior erro que pode ser cometido por uma família, principalmente quando se trata da vida de uma criança”. Dinamélia destacou que o diagnóstico de uma criança é apenas o inicio de uma longa caminhada que exige preparo psicológico, não só do paciente, mas de toda a sua família, além de pessoas próximas. “Mistura-se dor, angústia e ansiedade, mas a esperança é um dos remédios mais importantes no tratamento desses pacientes”, destacou.
O diretor do Núcleo Esperança, Válber Barreto, observou que nem sempre a condição financeira é o fator determinante para curar uma criança com câncer. “Temos nosso núcleos que buscam apoio para tratar das crianças carentes. As famílias devem ser informadas e saberem onde devem buscar ajuda”, comentou.
Para a oncopediatra, Patrícia Carneiro, é essencial, assim que os sintomas surgirem, que os pais ou responsáveis pela criança procurem atendimento adequado. A médica explicou que, quanto mais rápido o câncer for diagnosticado, maiores são as chances de cura e menores são as possibilidades de sequelas na criança. Durante a reunião, a profissional apresentou dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), com base em referências dos registros de base populacional, são estimados mais de nove mil novos casos de câncer infanto-juvenil por ano.
Uma das responsáveis pelo Projeto Colméia, que também trabalha com crianças portadoras de câncer, Mônica Hajjar, ressaltou que a continuidade dos projetos voltados para atender essas pessoas dependem da colaboração de toda a sociedade. “Muitas pessoas ficam comovidas com cada situação nova que conhece, mas isso não é suficiente. Além da comoção é preciso ter vontade e ajudar, da maneira que for possível”, finalizou.
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