As carnes, café e açúcar estão entre as principais commodities que devem pressionar a inflação, preocupando analistas de mercado. Enquanto as softs, como o leite, deverão impactar a inflação de maneira intermediária, grãos como soja e milho tendem a ter um efeito neutro devido a previsões de preços estáveis.
Impactos setoriais
Com base nas tendências observadas em 2024, os preços dos alimentos permanecem em alta, motivo de preocupação governamental devido ao impacto sobre a inflação geral, que pode atrasar o ciclo de corte de juros. Dados do IBGE mostram que os preços de alimentação e bebidas subiram por quatro meses consecutivos até dezembro de 2024, com um aumento notável de 1,47% em comparação ao mês anterior.
Gabriela Faria, economista da Tendências Consultoria, destacou que a pressão sobre a inflação de 2025 deriva principalmente das proteínas. Estima-se um aumento mínimo de 16,6% nos preços das carnes ao produtor, com repasses ao consumidor final. Café e açúcar também terão anos de alta, enquanto o setor de grãos demonstra tendência estável, sem expectativas de flutuações bruscas em soja e milho.
Commodities softs e hortifrútis
Com uma projeção de 6,2% de aumento no IPCA de alimentos para 2025, existe uma preocupação com itens como o óleo de soja, leite e hortaliças, sensíveis a variações climáticas. Ortaliças e verduras enfrentam incertezas climáticas e são partes significativas da cesta básica.
Condicionais climáticas e cambiais
A severa seca de 2024 continua a impactar culturas de hortifruti. Cesar de Castro Alves da consultoria Agro do Itaú BBA aponta que as chuvas dos próximos meses serão críticas para determinar a recuperação e estabilidade dos preços desses produtos. O câmbio surge como fator essencial, onde instabilidades, especialmente se o dólar ultrapassar R$ 6, poderão intensificar pressões inflacionárias, especialmente sobre commodities básicas como trigo e arroz.
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