“14 países das Américas já tiveram a meta de 70% de sua população vacinada”, diz Opas
De acordo com dados da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), os casos de mortes e contaminações por covid-19 continuam caindo no continente americano. Segundo a organização, uma explicação para isso, é aumento na cobertura vacinal.
De acordo a diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Carissa Etienne, numa entrevista coletiva nesta quarta-feira (20), mais de dois terços das pessoas na América Latina e no Caribe já receberam duas doses da vacina contra a COVID-19, enquanto em alguns países ainda não atingiram nem metade de suas populações.
De acordo com a Opas, 14 países das Américas já tiveram a meta de 70% de sua população vacinada, meta que é consideravelmente muito bem aceita pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Exemplo disso, é o Brasil que já atingiu 76,8% da população totalmente vacinada.
A Opas aponta que nos três primeiros meses de 2022, a Nicarágua aumentou a cobertura em 18%. Peru e Colômbia expandiram a vacinação em 12%, enquanto Bolívia e Venezuela aumentaram a cobertura vacinal em quase 10%.
No entanto, a Opas acrescenta que, na última semana, houve um avanço da doença no Canadá, na qual ocorreram registros de 11,2% a mais de casos da doença e 20% de alta nas hospitalizações.
“A alta na América do Norte é causada pela subvariante da Ômicron, o tipo BA.2”, disse a especialista.
Na avaliação da diretora da Opas, Carissa Etienne, de acordo com que as fronteiras foram reabertas e o turismo aumentou os casos também subiram em alguns países e territórios do Caribe, como São Cristóvão, Nevis, Santa Lúcia, Barbados e São Martinho.
A diretora explica que as reduções nas taxas de casos de mortes e contaminações por covid-19 “são a prova de que as vacinas estão funcionando bem”, desta forma protegendo as pessoas de novas internações e mortes causadas pela covid-19. Mas, Carissa ressalta que mesmo com toda a segurança e a eficácia das vacinas contra covid-19, é necessário ampliar ainda mais a cobertura vacinal nas Américas.
“Elas estão protegendo a maioria das pessoas em nossa região das piores consequências da infecção por COVID-19”, completou.
Etienne também pediu aos países que integrem seus esforços de vacinação contra a COVID-19 às campanhas de imunização de rotina.
“Isso permitirá que as mulheres grávidas recebam a vacina contra a doença juntamente com as vacinas contra gripe e tétano, difteria e coqueluche, e também permitirá que os pais tomem as vacinas e protejam seus filhos contra doenças como sarampo e poliomielite”, disse a especialista.
De acordo com diretora, da mesma forma que a infraestrutura de emergência foi criada para aplicar as vacinas contra a COVID-19 nos braços das pessoas o mais rápido possível, poderão também ser aproveitadas para melhorar a vacinação de rotina, tornando-a mais conveniente e acessível para as famílias recuperarem todas as vacinas de uma só vez.