Teve início nesta segunda, dia 1º, a coleta do Censo Demográfico de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa acontece após dois anos de atraso, devido a pandemia da covid e as crises na destinação de recursos para sua realização. O último foi realizado em 2010.
Ao todo, mais de 183 mil recenseadores estarão na ativa visitando os 5.570 municípios do país, com 89 milhões de endereços e cerca de 75 milhões de domicílios. O IBGE estima que, para coletar dados suficientes sobre a condição de vida dos brasileiros, será necessário percorrer mais de 8,5 mil quilômetros quadrados pelos quatro cantos do país.
“Por que Deus permitiu que isto acontecesse?”
Serão aplicados dois questionários: o básico, com 26 questões; e o de amostra, com 77 perguntas mais detalhadas. A abordagem da população será presencial, pela internet ou por telefone. Nas duas últimas alternativas, o recenseador visitará o cidadão e fará um cadastro de e-mail e celular no sistema do instituto. Caso queira confirmar a identidade do agente, a pessoa pode acessar o site Respondendo ao IBGE, por meio deste link.
Importância
Além saber exatamente qual o tamanho da população, o Censo visa tirar uma fotografia detalhada dos brasileiros, mostrando suas principais caraterísticas socioeconômicas, incluindo idade, sexo, cor ou raça, religião, escolaridade, renda e saneamento básico dos domicílios. As informações da pesquisa são essenciais para a aplicação de políticas públicas e para a realização de investimentos públicos e privados.
A pesquisa nacional é realizada a cada 10 anos e, com base nesse cronograma, deveria ter sido feita em 2020. O Censo foi adiado inicialmente em razão da pandemia de Covid-19. Mas em 2021 sofreu novo adiamento, por falta de orçamento. Após determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), o governo federal liberou os R$ 2,3 bilhões necessários para a realização da operação censitária.