Tecnologia utiliza a internet para saber em tempo real qual a qualidade apresentada pelo rebanho
Uma empresa chinesa vai monitorar gado brasileiro com sensores na cabeça e as instituições Huawei, Embrapa e CPQD vão monitorar o dia a dia desses bois em uma fazenda instalada em Campo Grande (MS).
Um grupo de 32 animais que vivem em um pasto de 18 hectares, em um sistema mais sustentável (Integração Lavoura Pecuária Floresta, ou ILPF) vai ser o primeiro a entrar para a era da alta tecnologia.
A gigante chinesa de tecnologia Huawei anunciou nesta semana uma parceria com a Embrapa e o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPQD) para monitorar o dia a dia dos animais e, com algoritmos, mostrar se eles estão bem, felizes, engordando ou até se o cardápio está adequado.
Sensores de Internet das Coisas (IoT), colares inteligentes e balança de passagem serão usados de forma integrada para monitorar indicadores de produtividade, ambientais e de bem-estar animal do grupo e, com isso, gerar tecnologias baseadas em modelos de Inteligência Artificial (IA) para os pecuaristas.
O objetivo é melhorar a gestão e a produção de bovinos em sistemas de integração, que já somam 17 milhões de hectares no país em sistemas de integração, que já somam 17 milhões de hectares no país. Embrapa, Huawei e CPQD vão instalar toda a infraestrutura de conectividade, os sensores de IoT e a plataforma computacional para coleta de dados, além de desenvolver as soluções a partir das informações coletadas. \
A fabricante de smartphones vai fornecer os equipamentos e armazenar os dados em nuvem, enquanto Embrapa e CPQD irão usar essas informações para criar novas soluções para o gado. Os bois vão passar pela experiência high-tech durante 12 meses.
De acordo com a Embrapa, duas unidades de pesquisa estão diretamente envolvidas no estudo. A Embrapa Informática Agropecuária, Campinas (SP), vai coordenar o trabalho e desenvolver os algoritmos de inteligência artificial para dar suporte às aplicações relacionadas à predição de ganho de produtividade e ao índice de bem-estar animal.
Os animais ficam na fazenda da Embrapa Gado de Corte, em MS. Os parâmetros de bem-estar animal e conforto térmico permitirão que o produtor rural perceba o nível de estresse do animal e a interferência disso em sua produtividade.
Além disso, esse conjunto de dados de sensores, aliado à rede de Internet das Coisas e Inteligência Artificial, vai ajudar a antecipar o ganho de produtividade dos animais e aferir se o sistema de produção está alinhado às boas práticas.
Com informações da UOL