O comércio varejista de Goiás chegou ao final de 2024 com um resultado acumulado no ano surpreendente. Segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a variação no volume de vendas alcançou 6% de alta.
Esta, aliás, foi a segunda maior alta desde o início da série histórica, em 2012. Naquele ano, deu-se o recorde de crescimento, com variação de 8,8%.
O resultado do ano passado foi bom para o setor, haja visto que em 2023, a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) registrou uma variação de apenas 0,7%. Nos anos anteriores, houve variações negativas: 2022 (-0,4%); 2021 (-0,5%) e 2020 (-2,2%).
Em relação ao resultado do varejo em 2024, a pesquisa do IBGE destaca que em dezembro de 2024, a variação foi de 1,3% na comparação com novembro do mesmo ano.
Comparando dezembro/2024 com dezembro 2023, a variação foi de 2,5%. No acumulado do ano, o resultado foi de 6,0%., maior do que o registrado no país, na mesma avaliação, que foi de 4,7%.
Atividades
Algumas atividades tiveram um papel importante para essa arrancada do varejo goiano. Segundo o IBGE, considerando o resultado acumulado do ano, as vendas no segmento de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfuraria e cosméticos, registrou variação de 23,6%.
Outro destaque foi para as vendas de veículos, motocicletas, parte e peças, com 23% de variação.
Vendas livros, jornais, revistas e papelaria, tiveram um incremento de 9,3% nas vendas.
Esses indicadores são do comércio varejista em geral e o ampliado.
Por outro lado, houve recuo nas vendas de móveis (-8,5%) e de combustíveis e lubrificantes (-7,5%), sendo essas as quedas mais expressivas na avaliação do acumulado do ano.
Unidades da federação
Os dados do IBGE trazem também a análise do desempenho do comércio por unidade federativa. Nessa avaliação, é considerada a variação do mês com o mês anterior, ou seja, dezembro 2024/novembro 2024, com ajuste sazonal.
Goiás e seis estados registraram indicadores positivos. Já em 20 estados, houve queda.
A maior alta foi do Distrito Federal (4,4%) e a maior queda do Amapá (-9,3%).
Sobre a PMC
A Pesquisa Mensal de Comércio produz indicadores que permitem acompanhar o comportamento conjuntural do comércio varejista no País, investigando a receita bruta de revenda nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, e cuja atividade principal é o comércio varejista.
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