O mundo inteiro tem ficado perplexo com as revelações sobre mudanças climáticas em todos os continentes. O anúncio de que 2023 seria o ano mais quente da história da humanidade soou como uma ameaça da extinção do Planeta Terra. Não é bem assim, mas, assusta.
Por Vander Lúcio Barbosa
Ano após ano, os termômetros sobem, desencadeando o “efeito estufa”, aquecimento global, danos ao meio ambiente e doenças. O problema é grave e requer reflexão. Sua origem é complexa, não fácil de resolver. A natureza revida quando agredida pelo homem. É incontrolável, exigindo atenção urgente.
Isso, porque, a ação humana acumulada desde a Revolução Industrial, nos séculos 18 e 19, já produziu mudanças significativas no clima global, e adaptar moradias e cidades a essa realidade é uma necessidade que precisa de respostas urgentes, avaliam ambientalistas e pesquisadores.
Eventos extremos, como as chuvas torrenciais, furacões, vendavais, deslizamentos de terra e outras manifestações climáticas que deixam vítimas e mais vítimas onde eles acontecem, tendem a ser mais frequentes, e o poder público precisa agir para reduzir a vulnerabilidade das populações a esses cenários, destacam os cientistas.
Recentes alertas de pesquisadores destacam a influência humana no rápido aquecimento global, com aumento de mais de 1°C em relação ao período pré-industrial. Mesmo com o cumprimento das metas do Acordo de Paris, a temperatura pode subir 1,8°C até 2100. Caso as metas não sejam alcançadas, cenários devastadores com aquecimento de até 3°C ameaçam a biodiversidade. É alarmante.
É um caminho quase irreversível, mas depende da ação humana para mudar. Paradoxalmente, o homem é o principal responsável pelo agravamento. A busca incessante por riqueza, conforto e poder prioriza o ter em detrimento do ser. Lucro prevalece sobre a ética e a cidadania.
Isso leva à destruição de florestas, desmatamentos irresponsáveis, represamento de cursos d’água, esgotamento de recursos naturais e danos ambientais como extração mineral e garimpos. O homem evita responsabilidade pelos estragos causados a si e às futuras gerações, mesmo que muitos danos sejam irreversíveis.
Essa é a dura realidade.
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