Como explicar?
O resultado do segundo turno da eleição de Prefeito, em Anápolis, deixou uma grande interrogação sobre o comportamento daqueles eleitores que se abstiveram de votar (100.195- 34,24%); os que anularam o voto (6.847- 3,56%) e os que votaram em branco (4.173- 2,17%). Somando tudo, são 111.215 votos (39,97%).
É mais que o vencedor da eleição, Márcio Corrêa (PL) obteve (106.263). Diga-se de passagem, isso não tira dele, de forma alguma, a sua representatividade.
Muito pelo contrário, nominalmente, foi a maior votação para o cargo na história das eleições municipais locais.
O que intriga é a motivação para esse afastamento em massa dos eleitores. É uma pauta para reflexão dos políticos, dos partidos e da sociedade em geral.
Apressados
O que já tem de especulação em torno da formação do secretariado do prefeito eleito Márcio Corrêa é uma coisa gigantesca. Nome pra lá, nome pra cá.
Mas, no momento, o próprio Márcio não revelou nenhum nome e não faria isso, já que ainda há pela frente uma outra missão não menos importante, que é a transição da gestão de Roberto Naves (Republicanos) para a sua.
Obviamente que isso não é um impeditivo para que, caso queira, possa divulgar um ou mais nomes. O que acontece é que isso tiraria o foco da transição, que é um processo importante e necessário antes da posse. Na política, para tudo tem a hora certa. Do jeito quer a banda toca!
Mão estendida
O deputado estadual e ex-candidato à Prefeitura de Anápolis, Antônio Gomide (PT), gravou um vídeo e publicou em suas redes sociais para agradecer as mensagens que recebeu desde o último domingo (27), após o resultado do pleito.
“Foram milhares de mensagens carinhosas que reforçam nossa certeza de um belo legado construído. Realizamos uma caminhada verdadeira por uma Anápolis melhor, e assim continuaremos, juntos!”, disse ele na publicação.
E, ainda, afiançou que como deputado continua com o compromisso de “trabalhar e colaborar com as melhorias que a nossa cidade merece”. Uma mensagem que pode ser traduzida em uma mão estendida a Márcio Corrêa (PL).
Obviamente que, como oposição, Gomide fará suas cobranças, mas certamente, deve manter a postura republicana. A cidade é que ganha com isso.
Uma e, depois, outra…
Terminou uma eleição e já se começa a vislumbrar os horizontes de outra. A próxima será em 2026, para eleger Presidente, Senador (a), Governador (a), Deputado (a) Federal e Deputado (a) Estadual. Mas, ano que vem deve ser tranquilo, pelo menos até o final do ano, quando a movimentação deve avançar.
Na eleição que vem, a cereja do bolo devem ser as duas vagas do Senado da República.
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No caso de Anápolis, importante também é manter a representatividade que tem (ao menos numericamente) hoje, com quatro deputados.
Na Câmara Federal, seria interessante, ao menos, duas cadeiras. E se tiver candidato a governador, melhor, ainda.
Para Presidente, Ronaldo Caiado, que é um anapolino, pode colocar seu nome na disputa. Ele já vem trabalhando para construir esse objetivo.
Nome forte
Em entrevista coletiva à imprensa, quando anunciou os nomes para a transição de governo, o prefeito Roberto Naves (Republicanos) antecipou seu projeto político futuro (próximo).
Depois de deixar o comando administrativo do terceiro maior colégio eleitoral de Goiás, Roberto vai começar a trabalhar no projeto político de conquistar uma cadeira na Câmara Federal, onde se eleito ele pretende continuar ajudando a cidade.
É, sem dúvida, um nome forte para concorrer ao cargo.
E, certamente, ele terá candidato do PT também buscando votos dos anapolinos.
- O raio das eleições municipais, no Brasil, mostra que os partidos que mais elegeram prefeitos no pleito deste ano, foram: PSD (891), MDB (864), PP (752), União Brasil (591), PL (517), Republicanos (440), PSB (312), PSDB (276), PT (252). Outros (674).
- Em Goiás, o União Brasil foi o partido que mais elegeu prefeitos: 94. O MDB venceu em 47 municípios. O PL fez 27 prefeitos e o PP, 26.
- Remédio amargo. O prefeito eleito Márcio Corrêa já terá pela frente uma dura missão, assim que assumir a Prefeitura. Como ele mesmo já informou em entrevista à imprensa, será preciso reduzir o número de cargos comissionados.
- De olho: 5 de novembro é o último dia para as candidatas, os candidatos e os partidos políticos encaminharem à Justiça Eleitoral, as prestações de contas referentes ao primeiro turno da eleição.
- Segundo o calendário eleitoral, o prazo para diplomação dos eleitos- em primeiro e segundo turno, aos cargos de Prefeito (a) e Vereador (a), vai até dia 19 de dezembro.
- Geralmente, a solenidade de diplomação ocorre dia 18 ou 18 de dezembro, uma vez que a Justiça Eleitoral tem até o dia 16 de dezembro para publicar atos referente ao julgamento de contas dos candidatos e candidatas.
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